Buenos Aires – O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou nesta segunda-feira (17) que não teve envolvimento direto com a criptomoeda $LIBRA, que gerou um prejuízo superior a 4 bilhões de dólares e afetou mais de 40 mil investidores.
Durante uma entrevista ao canal Todo Noticias, Milei comparou a situação ao funcionamento de um cassino e minimizou as perdas dos investidores.
“Se você vai a um cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação? É um problema entre indivíduos privados, porque o Estado não desempenha nenhum papel aqui”, afirmou.
É muita cara de pau! Milei disse que não promoveu a criptomoeda, mas apenas “divulgou”. O presidente da Argentina ainda mandou um recado para os trouxas que caíram no golpe: “participaram voluntariamente”. pic.twitter.com/uOQdxeRgD4
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) February 18, 2025
Criptomoeda colapsa após promoção nas redes
A valorização da $LIBRA começou na última sexta-feira (14), logo após uma publicação de Milei no X (antigo Twitter). O preço do ativo digital subiu rapidamente, atingindo US$ 4.978 (aproximadamente R$ 28.512), segundo a agência AFP. No entanto, poucas horas depois, especialistas do mercado alertaram que o ativo poderia ser um golpe, pois a maior parte dos tokens estava concentrada nas mãos de um pequeno grupo.
Com isso, quem possuía a criptomoeda antes da publicação de Milei vendeu seus ativos para garantir lucro, causando uma queda abrupta no valor e prejuízos para milhares de investidores.
Milei nega lucro pessoal
O presidente negou que tenha recebido qualquer pagamento para promover a $LIBRA, alegando que divulgou a criptomoeda por “puro ímpeto” e com boas intenções. “Aqueles que entraram ali sabiam muito bem no que estavam se metendo. São operadores de volatilidade e conheciam os riscos”, justificou.
Mercado reage negativamente
Após o escândalo, o mercado financeiro argentino registrou forte impacto. O principal índice da Bolsa de Valores da Argentina caiu quase 6%, refletindo a incerteza dos investidores. Além disso, economistas alertam que o episódio pode comprometer ainda mais a economia do país, já afetada pelas medidas de austeridade do governo.
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