O regime totalitário cubano resistirá até 2023?

Quando os comunistas brasileiros tentaram chegar ao poder por meios heterodoxos, em 1964, eu tinha 10 anos de idade. Aí a população foi para as ruas pedir intervenção das Forças Armadas, a qual durou 21 anos

Quando os comunistas brasileiros tentaram chegar ao poder por meios heterodoxos, em 1964, eu tinha 10 anos de idade. Aí a população foi para as ruas pedir intervenção das Forças Armadas, a qual durou 21 anos. Nessas duas décadas, os comunistas aparelharam os meios culturais e nos anos 1990 os esquerdistas da Ibero-América se uniram no Foro de São Paulo para criar a União Soviética do trópico, a partir de Cuba. O resultado foi crudelíssimo, e, claro, trágico.

Quase toda a minha geração, em Macapá/AP, e no Brasil afora, foi hipnotizada pelas promessas açucaradas dos comunistas e, ainda hoje, continua hipnotizada pelos assassinos e ladrões como Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chávez Maduro e Lula Rousseff, que trabalham, seja como espíritos do mal encarnados, ou como mortos-vivos, para destruir a família e o Estado. Muitos dos meus amigos de juventude continuam embevecidos pela conversa diabólica dos comunistas, mesmo vendo que a liberdade cubana é levar porrada e mandioca da polícia de Fidel.

As universidades, por exemplo, estão cheias de comunistas, especialmente nos departamentos culturais, dando inclusive impressão de que tudo o que é de direita é ignorante, burro, alienado e capitalista. Pois é, o aparelhamento marxista nos meios acadêmicos e culturais é proposital, como parte de um plano maquiavélico do italiano Antonio Gramsci, morto em 1937, um dos maiores pensadores marxistas da história.  

Gramsci se especializou na doutrina marxista. Após a Primeira Guerra Mundial, fundou o jornal A Nova Ordem, que serviu como instrumento para a fundação do Partido Comunista Italiano. Mas quando ele viu o que era, de fato, o marxismo real, sanguinário, praticado na recém-criada URSS pelo ditador Vladimir Lenin e ampliado pelo seu sucessor Josef Stalin, desiludiu-se. 

Stalin esmagava tudo o que reagisse contra o comunismo; queria impô-lo em toda a Europa e Ásia, e depois nas Américas. Para isso, buscou criar uma máquina militar imbatível. Todos os que se opuseram a Stalin foram assinados, pelo menos 20 milhões de pessoas, principalmente compatriotas de Stalin. 

Gramsci caiu fora da Rússia e regressou à Itália, então fascista, onde foi preso. Na prisão, escreveu um protocolo sobre como chegar à plenitude de um governo marxista sem matar ninguém. Por meio da cultura.  Em Cadernos do Cárcere, Gramsci propõe a “Revolução Cultural”, na qual a população está pronta para receber passivamente um governo comunista. Para conseguir isso só aparelhando todas as instituições do Estado – governamentais, midiáticas, religiosas, educacionais, culturais e jurídicas.

Em primeiro lugar, os líderes comunistas devem se aproximar dos intelectuais, que dão credibilidade ao projeto de poder, já que qualquer idiotice que um intelectual fale, por maior absurdo que seja, será mesmo assim absorvido pela massa dos idiotas úteis, como verdade absoluta.

Na educação, o objetivo é emburrecer a garotada, tornando-a politicamente correta, pois quanto mais ignorante a sociedade mais fácil montar nela. Na imprensa, o objetivo é manipular a manada e desacreditar as instituições tradicionais. O resultado disso é que moralidade, valores religiosos e da família, a cultura milenar e as virtudes do passado devem ser ridicularizadas sempre. Os heróis da nação são convertidos em degenerados, racistas e sexistas, e são substituídos por pseudointelectuais, gente conhecida, estrelas da música, celebridades do cinema e da televisão etc. 

Mas o mundo evolui e Gramsci nem imaginava o que estava por vir: a internet. Hoje, qualquer pessoa se conecta com o mundo e tem acesso a todo tipo de informação. Foi assim que muita gente começou a descobrir o que é, realmente, o marxismo. 

Assim, tornou-se fácil identificar um esquerdista. Defendem a liberação das drogas, o desarmamento, o aborto, a desmilitarização da Polícia Militar, a ideologia de gênero, o ódio. Também já deu para ver que nos regimes comunistas, como em Cuba e Venezuela, o povo, quando não morre de fome ou sem tratamento médico, tomba crivado de chumbo quente.

A Revolução Cubana culminou, no dia 1 de janeiro de 1959, com a queda do ditador Fulgencio Batista pelo Movimento 26 de Julho e ascensão de outro ditador, Fidel Castro, logo apoiado pela URSS, que queria uma base próxima aos Estados Unidos. 

Em 1962, espiões americanos descobriram a presença de mísseis nucleares em Cuba. Imediatamente os Estados Unidos bloquearam a costa cubana. Durante 13 dias quase estoura uma guerra nuclear. Mas os russos pensaram duas vezes e retiraram os mísseis do solo cubano. Os Estados Unidos bloquearam totalmente a ilha e, um ano depois, impuseram um embargo ao comércio com Cuba, restrição utilizada por Fidel e camarilha como justificativa pelas dificuldades econômicas que o país vem enfrentando, e que se deve, na verdade, ao fato de que Fidel e família roubaram tudo o que puderam da economia cubana.

Mas Fidel não tinha com que se preocupar, pois a URSS enviava para ele 6 bilhões de dólares anuais. Até a queda do Muro de Berlim, quando, após 70 anos de desgraças impostas aos povos russo e dos países invadidos pelos comunistas, a peste marxista chegou ao fim na URSS. Foi a debacle de Cuba. 

Sessenta anos depois, a situação é tão desesperadora que famílias jogam suas filhas na prostituição para não morrerem de fome. Agora, com a pandemia do vírus chinês, com pessoas morrendo sufocadas nos corredores dos matadouros hospitalares, ninguém está aguentando mais. Domingo 11, o povo foi às ruas protestar contra o regime e não faltou porrada na população e prisões, inclusive de jornalistas estrangeiros.

Em Cuba falta comida, medicamentos, energia elétrica e água. Alguns conseguem chegar à Flórida, enfrentando 144 quilômetros de mar. Quem não consegue fugir vai morrendo todos os dias, e não dura muito tempo. De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, só este ano cerca de 500 cubanos foram resgatados no mar tentando chegar à Flórida. 

Segundo a Universidade Johns Hopkins, Cuba registrou 238.491 casos e 1.537 mortes por Covid-19. Só domingo 11 foram relatados 6.923 infecções e 47 mortes. O vírus, que, por ironia, é comunista, derrubará o regime totalitário da ilha?

Além do vírus, que pode ser a gota d’água, Cuba perdeu o apoio de Lula. Durante o assalto do PT ao Brasil, foram transferidos bilhões de dólares para Cuba, inclusive do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa teta secou, tampada pelo presidente conservador Jair Messias Bolsonaro, a quem os comunistas quase assassinaram a facadas. Também a Venezuela, que já está tão anêmica que não funciona mais, quase já deixou completamente de mandar petróleo de graça para Cuba.

Basta fazer uma leitura atenta de tudo o que está ocorrendo no mundo para nos perguntarmos: o regime diabólico de Cuba se sustentará até 2023? Por que 2023? É o seguinte: 2022 ainda será um ano conturbado em todo o planeta. O vírus chinês só deverá ser controlado em 2022, com o avanço das vacinas e melhor compreensão de como o microrganismo opera, e também já se saberá mais sobre a origem dele, com as investigações dos serviços secretos das nações hegemônicas.

No Brasil, Bolsonaro – o maior líder no combate ao comunismo ibero-americano depois dos Estados Unidos, onde os serviços secretos e as Forças Armadas não dão trégua ao marxismo – tem tudo para ser reeleito em 2022, em eleições auditáveis, pois goza de legitimidade e proteção constitucional e apoio popular e das Forças Armadas.

A derrocada da Venezuela, a explosão do vírus chinês em Cuba e o fortalecimento de Bolsonaro, que pôs o Brasil novamente alinhado com os Estados Unidos, levará a uma pressão insuportável ao inferno castrista e talvez neste ano mesmo o regime de Fidel caia como fruta muito maduro. E se passar deste ano aguentará até 2023?