Economia da Argentina registra crescimento de 12,8% em agosto após um ano

Buenos Aires, 21 out (EFE).- A atividade econômica da Argentina registrou em agosto um crescimento de 12,8% em comparação com o mesmo mês de 2020, a sexta alta no intervalo de um ano após 19 meses consecutivos de baixa, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.

Este crescimento é explicado em grande parte por uma base de comparação baixa, uma vez que em agosto de 2020 a atividade econômica ainda estava afetada pelas restrições sanitárias impostas no final de março do ano passado pelo governo do presidente Alberto Fernández diante da pandemia de covid-19.

Por outro lado, os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que serve de antecipação provisória para medir a variação trimestral do produto interno bruto (PIB), mostram que em agosto a atividade econômica cresceu 1,1% em relação a julho, chegando a três meses consecutivos no positivo, após uma estagnação entre fevereiro e maio.

Nos primeiros oito meses deste ano, a atividade econômica acumulou um aumento de 10,8%. O relatório do Indec revela que, das 16 atividades incluídas no indicador, todos os setores produtivos apresentaram melhorias de ano para ano em agosto.

De acordo com os novos dados divulgados, os setores que apresentaram maiores magnitudes de aumento foram os hotéis e restaurantes (35%) e a construção (26,7%). Entretanto, os setores menos dinâmicos foram a pesca (2,8%), a agricultura (0,8%) e os serviços financeiros (0,3%).

Severamente afetado pela pandemia de covid-19, o PIB da Argentina se contraiu 9,9% em 2020. De acordo com o projeto de orçamento para 2022, a economia da Argentina terminaria este ano com uma recuperação de 8%, pondo fim a um ciclo de três anos de grave recessão, e cresceria 4% em 2022.

Entretanto, as projeções dos economistas consultados mensalmente pelo Banco Central argentino para o relatório de expectativas são mais moderadas: com base nessas previsões, a economia argentina se recuperará 7,6% em 2021 e se expandirá em 2,3% no ano que vem. EFE