Bolsonaro se encontrará com líder da extrema-direita italiana na terça-feira

O líder do partido italiano de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, se reunirá com o presidente Jair Bolsonaro na próxima terça-feira, na cidade de Pistoia, região central da Itália, onde participarão de uma cerimônia em frente ao monumento erguido em memória dos 500 brasileiros que morreram na Segunda Guerra Mundial

Roma, 30 out (EFE).- O líder do partido italiano de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, se reunirá com o presidente Jair Bolsonaro na próxima terça-feira, na cidade de Pistoia, região central da Itália, onde participarão de uma cerimônia em frente ao monumento erguido em memória dos 500 brasileiros que morreram na Segunda Guerra Mundial.

O presidente viajou a Roma neste final de semana para participar da cúpula do G20, que reúne as principais economias do mundo, e na próxima segunda seguirá para a cidade de Anguillara Veneta, em Pádua, de onde saíram os primeiros Bolsonaros que emigraram para o Brasil no final do século XIX e onde também receberá o título de “cidadão honorário”.

“Estou feliz e orgulhoso de prestar homenagem aos brasileiros mortos durante a Segunda Guerra Mundial, na terça-feira, juntamente com o presidente Bolsonaro: eles deram uma contribuição importante para a libertação da ocupação nazifascista”, explicou Salvini.

O líder de extrema-direita e ex-ministro do Interior italiano acrescentou que será “uma oportunidade para reafirmar a profunda amizade que une Itália e o Brasil” e que agradecerá “o empenho e a seriedade que permitiram ao terrorista comunista Cesare Battisti voltar para a Itália em 2019”.

Na província de Pádua houve protestos de algumas autoridades e até da Igreja local sobre a atribuição do título de cidadão honorário a Bolsonaro, decidida pelo Conselho da Liga da cidade de Anguillara Venet.

Um dos frades do convento de Santo Antônio de Pádua, que também visitará o presidente, disse sob anonimato ao jornal local “Corriere del Veneto”: “Estamos falando de uma pessoa que acaba de ser acusada por seu próprio país de crimes contra a humanidade. Uma pessoa que também, em várias ocasiões nos últimos anos, se confrontou seriamente com o papa Francisco devido ao desmatamento da Amazônia”, disse.

Portanto, segundo o jornal, Bolsonaro chegará à Basílica de Santo Antônio apenas como mais um peregrino.

Na próxima terça-feira, antes de retornar a Brasília, Bolsonaro viajará para a cidade de Pistoia, a cerca de 50 quilômetros de Florença, onde existe um cemitério para militares brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial, que fizeram parte do contingente de 25 mil soldados que o Brasil enviou em 1944 a Itália para lutar ao lado dos aliados. EFE