Explosão de caminhão deixa pelo menos 98 mortos e 100 feridos em Serra Leoa

Freetown (Serra Leoa), 6 nov (EFE).- Pelo menos 98 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em Freetown, capital de Serra Leoa, depois que um caminhão-tanque explodiu ao colidir com outro caminhão na noite desta sexta-feira, confirmaram os serviços de socorro à Agência Efe neste sábado.

EFE/MOHAMED KONNEH

“Como instituição responsável pelos desastres, estamos atualmente no terreno, criamos um centro de comando de incidentes para ajudar a coordenar a gestão do incidente”, anunciou o diretor de comunicações da Agência de Gestão de Desastres da Serra Leoa, Mohamed Lamrane Bah. Ele destacou que o número de mortos pode aumentar devido à condição crítica de alguns dos feridos.

Bah disse que as pessoas que ficaram machucadas foram levadas a vários hospitais da capital e que assistentes sociais e especialistas estavam ajudando as vítimas.

“O hospital principal está sobrecarregado, e as famílias estão tendo dificuldade em identificar seus entes queridos que foram queimados ou mortos, pois os corpos estão gravemente carbonizados”, detalhou o secretário-geral da Cruz Vermelha em Serra Leoa, Kpawuru E.T. Sandy.

Mohamed Kamara, testemunha do acidente, disse à Efe que a colisão aconteceu por volta das 20h (local, 17h de Brasília) quando o petroleiro reabasteceria um posto de gasolina.

“De repente um reboque bateu no caminhão-tanque e ele explodiu”, relatou Kamara, que acrescentou que logo depois moradores apareceram para saquear o combustível.

A prefeita de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, publicou em sua conta no Facebook uma mensagem se dizendo “profundamente triste” com as notícias e enviou suas condolências a familiares e amigos das vítimas. “Os vídeos e fotos que circulam nas mídias sociais são chocantes”, publicou.

Enquanto isso, o presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, disse hoje estar “profundamente chocado” e enviou suas condolências àqueles que perderam entes queridos. “Nosso governo fará todo o possível para apoiar as famílias afetadas”, prometeu. EFE