Nicaraguenses exilados na Costa Rica protestam contra "fraude eleitoral"

San José, 7 nov (EFE).- Milhares de nicaraguenses no exílio na Costa Rica protestaram neste domingo nas principais ruas de San José contra as eleições presidenciais na Nicarágua, pleito que, em sua visão, serve apenas para referendar o atual presidente, Daniel Ortega.

EFE/ Jeffrey Arguedas

Em um dia marcado por manifestações, vários grupos de oposição nicaraguenses se uniram ao redor do mundo para repudiar as eleições que estão acontecendo neste domingo no país centro-americano.

Os manifestantes exibiram frases como “SOS Nicarágua” e “Viva a Nicarágua livre” e reclamaram: “Não temos ninguém para votar, todos eles foram presos”.

“Ortega, escuta: continuamos a lota”, “Eu não vou votar no dia 7”, escreveram os manifestantes, que pediram para a população não ir votar e para a comunidade internacional não reconhecer o pleito.

“Hoje vamos colocar a ditadura em cheque, vamos ficar em frente à embaixada da Nicarágua na Costa Rica para chamar a atenção das Nações Unidas, da União Europeia e da Organização seks hikaye dos Estados Americanos (OEA). Isso porque há três anos pedimos que este problema seja resolvido de forma democrática”, declarou a ativista nicaraguense Marianella Castilla à Agência Efe.

sex hikaye

O coordenador do Movimento Democrático Ocidental no Exílio, Edgardo Baltodano, disse à Efe que o grupo solicita às organizações internacionais que ignorem a votação na Nicarágua porque “todos os partidos políticos são manipulados pelo governo Ortega Murillo, e eles são um circo eleitoral”. “Hoje pedimos também a liberdade dos presos políticos e a justiça para todos aqueles que foram assassinados”, completou.

A atividade foi realizada pacificamente, e os participantes cantaram o hino nacional da Nicarágua.

“Hoje é um dia imemorial de luto para a Nicarágua e as democracias do mundo inteiro, porque hoje está sendo realizada uma eleição fraudulenta da qual o povo não participa. Está acontecendo um circo eleitoral no qual o mundo inteiro está tomando consciência de uma ditadura”, destacou Danilo Corea, exilado político desde o final de junho de 2018. EFE

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