López Obrador exalta "profundo" compromisso de Biden com migrantes

Cidade do México, 16 nov (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, opinou nesta terça-feira que nenhum mandatário americano teve um compromisso tão profundo com os migrantes como Joe Biden, e acrescentou que por isso irá apontar o dedo aos legisladores dos EUA que não apoiam a sua reforma migratória.

“Nenhum presidente se empenhou mais profundamente em beneficiar os migrantes do que o presidente Biden. Ele se comprometeu a regularizar a situação de 11 milhões de migrantes, vemos essa decisão muito bem”, disse López Obrador em entrevista coletiva matinal.

Na próxima quinta-feira, o governante mexicano viajará a Washington, onde participará da Cúpula de Líderes da América do Norte juntamente com Biden e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

“Estou a fazendo isso aqui (no México) porque não posso discutir tão abertamente nos Estados Unidos, por respeito à soberania do país”, argumentou López Obrador.

Durante a viagem a Nova York na semana passada, o presidente disse que pediria a Biden “para não maltratar os migrantes mexicanos” e “para cumprir o compromisso de regularizar a situação dos mexicanos que vivem e trabalham honestamente nos Estados Unidos”.

O presidente mexicano declarou que “merecem justiça” os quase 38 milhões de mexicanos que vivem nos Estados Unidos, dos quais cerca de 5 milhões não estão documentados.

Por esta razão, manifestou o apoio do governo mexicano à reforma migratória apresentada por Biden para regularizar os quase 11 milhões de imigrantes indocumentados que vivem nos Estados Unidos.

“Se o presidente Biden apresentar a iniciativa de regularização dos 11 milhões de imigrantes, vamos estar atentos, enquanto aguardamos, acompanhando-a, tomando nota da posição tomada pelos legisladores de um ou outro partido”, disse.

López Obrador advertiu que apontará o dedo aos legisladores americanos que se opõem à regularização da imigração.

“Se os legisladores de um partido bloquearem esta iniciativa, vamos apontar o dedo quando chegar o momento, vamos fazer saber daqui, que um partido, os seus legisladores, não ajudaram algo que é justo, humanitário”, argumentou. EFE