Pfizer assina acordo para produção de genéricos de medicamento contra covid

Genebra (Suíça), 16 nov (EFE).- A iniciativa Unitaid, parceira da Organização Mundial da Saúde (OMS) em emergências sanitárias, anunciou nesta terça-feira um acordo com a companhia farmacêutica Pfizer, para a produção de genéricos do novo tratamento com comprimidos contra a covid-19, para torná-lo mais acessível.

Segundo afirmou em entrevista coletiva o porta-voz da Unitaid, Hervé Verhoosel, o acordo “facilitará a produção e a distribuição do antiviral, mediante licenças a fabricantes de genéricos qualificados, com o objetivo de dar um maior acesso à população global”.

Com o tratado, será possível produzir genéricos do medicamento experimental PF-07321332, que, em comunicação com o fármaco ritonavir, em baixas doses, reduz em quase 90% o risco de morte por covid-19 em pacientes com comorbidades, de acordo com a Pfizer.

O novo tratamento ainda está pendente de aprovação pelas autoridades reguladoras de diversos países, embora especialistas já confirmem que os resultados iniciais são considerados promissores.

De acordo com a Unitaid, a eventual aprovação em diferentes nações “levaria o novo medicamento, em combinação com o ritonavir, a 95 países, que representam 53% da populçação mundial”.

A produção de genéricos aconteceria sem que a Pfizer receba por direitos de patente, enquanto a covid-19 siga sendo declarada uma emergência internacional pela OMS.

Verhoosel destacou que o acordo “é um importante passo para garantir que as últimas ferramentas na luta contra a covid-19 estejam disponíveis em países de renda média e baixa, ao mesmo tempo, que as economias mais desenvolvidas”.

O novo medicamento antiviral da Pfizer é voltado, especialmente, para uso de pessoas que integram grupos de risco e pode ter a administração iniciada assim que houver a notícia da exposição ao novo coronavírus ou em caso de sintomas iniciais.

Após o anúncio da Unitaid, a ONG Médicos Sem Fronteiras pediu, através de comunicado, que a Pfizer informe os preços do tratamento, já que, anteriormente, foi anunciado que seriam similares ao desenvolvido pela companhia MSD (cerca de US$ 700 em países de alta renda). EFE