Mais de 50% da população das Américas já foi vacinada contra Covid, diz Opas

Washington, 17 nov (EFE).- Mais da metade da população das Américas recebeu o curso completo de vacinação contra a Covid-19, informou nesta quarta-feira a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne.

“Hoje atingimos um marco importante”, anunciou Etienne, que detalhou que mais 3,5 milhões de doses de imunizantes chegarão ao continente nesta semana.

Apesar da notícia, a diretora da Opas ressaltou haver diferenças entre países no índice de vacinação e lembrou que em nações como Guatemala, São Vicente e Granadinas, Jamaica, Nicarágua e Haiti menos de 20% das pessoas receberam a dosagem total recomendada pelos laboratórios.

Por outro lado, a organização informou que as Américas registraram 760 mil novos casos e 12,8 mil mortes nos últimos sete dias, 5% e 17% a menos do que na semana anterior, respectivamente.

Entretanto, o diretor adjunto da OPAS, Jarbas Barbosa, afirmou que várias das maiores nações do continente, como Estados Unidos, Brasil e Colômbia, registraram um ligeiro aumento no número de novos casos após semanas de uma tendência descendente.

Além desses dados, Etienne e Barbosa pediram para os governos das Américas controlarem melhor a venda de antibióticos em seus respectivos países para evitar o uso excessivo antes das festas de Natal, que poderiam levar a uma resistência antimicrobiana na população.

A diretora da Opas argumentou que entre 90% e 100% dos pacientes hospitalizados na região por covid-19 receberam um antibiótico como parte de seu tratamento, na maioria das vezes sem ser prescrito por um profissional médico.

“Nesta pandemia, vimos o uso de antimicrobianos subir a níveis sem precedentes, com consequências potencialmente graves para os próximos anos”, disse Etienne, que apontou a venda de antibióticos pela Internet como o principal culpado.

Nas últimas semanas, a organização notou um aumento repentino no número de pacientes hospitalizados com resistência antimicrobiana, especialmente em países como Argentina, Uruguai, Equador, Guatemala e Paraguai. EFE