Bruxelas – Bélgica – Durante uma cúpula com os 32 países-membros da OTAN, o secretário-geral Mark Rutte afirmou que a prioridade da aliança é fornecer mais assistência militar à Ucrânia. Ele destacou a necessidade de fortalecer a posição ucraniana frente à Rússia antes de qualquer negociação de paz.
A reunião, que ocorre em Bruxelas, tem como foco estratégias para ampliar a defesa da Ucrânia e garantir avanços significativos contra as forças russas.
Por que a OTAN enfatiza ajuda militar?
Rutte destacou que a Ucrânia deve negociar a paz em uma posição de força. Ele afirmou que “a coisa mais crucial agora é garantir mais ajuda militar, defesa antimísseis e coordenação estratégica”. Segundo ele, a discussão sobre acordos de paz pode enfraquecer a posição de Kiev.
O secretário-geral também mencionou que, nos próximos dois dias, os aliados debaterão como expandir as ações de apoio à Ucrânia.
Como a guerra se desenvolve atualmente?
Com mais de 1.000 dias de conflito, a Rússia tem consolidado avanços. A frente de batalha se desloca para o oeste, enquanto a ofensiva ucraniana na região russa de Kursk perdeu força.
A defesa russa nessa região conta com o envio de 10 mil soldados norte-coreanos, além de suporte técnico do Irã e da China. Esses aliados têm fornecido tecnologias militares e equipamentos usados em ataques a infraestruturas civis e energéticas na Ucrânia.
O que disse o presidente Zelenskyy?
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy reconheceu à agência Kyodo que o exército do país enfrenta dificuldades para retomar territórios ocupados. Ele afirmou que é necessário buscar soluções diplomáticas e reforçou o apelo pela adesão plena à OTAN.
Zelenskyy disse que a entrada na aliança é essencial para a segurança da Ucrânia e para evitar novas agressões russas no futuro.
Qual o papel dos acordos bilaterais?
A Ucrânia assinou recentes acordos bilaterais de segurança com países ocidentais. No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia enfatizou que esses acordos não substituem a adesão à OTAN.
Em comunicado, o ministério declarou: “Convidar a Ucrânia à NATO seria um contra-ataque eficaz à chantagem russa e uma forma de restaurar a confiança no desarmamento nuclear”.
Entenda o posicionamento da OTAN sobre a Ucrânia
- Reunião em Bruxelas: Prioriza ajuda militar em vez de discutir paz.
- Foco principal: Defesa antimíssil e suporte estratégico a Kiev.
- Contexto internacional: Apoio russo de aliados como Coreia do Norte, China e Irã.
- Adoção plena à OTAN: Considerada essencial por autoridades ucranianas.