Cidade do Vaticano – O papa Francisco voltou a condenar, no domingo (22), os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, destacando a “crueldade” contra crianças e alvos civis.
Em sua oração dominical do Angelus, ele pediu um cessar-fogo global até o Natal, mencionando conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.
A diplomacia israelense reagiu de forma contundente, classificando os comentários como “desconectados da realidade” e acusando o papa de aplicar uma “dupla moral” ao tratar do conflito.
Declarações do papa sobre Gaza
Durante a oração dominical, Francisco lamentou a violência em Gaza, referindo-se às mortes de crianças e à destruição de hospitais e escolas. Ele afirmou: “Quanta crueldade. Rezemos para que no Natal haja um cessar-fogo em todas as frentes de guerra.”
No sábado anterior, o pontífice já havia expressado indignação com a morte de sete crianças da mesma família, fato relatado pela Defesa Civil de Gaza. Ele descreveu o episódio como algo que “o comoveu profundamente”.
Resposta de Israel às críticas
O Ministério das Relações Exteriores de Israel respondeu imediatamente às declarações. A nota oficial chamou os comentários de “particularmente decepcionantes” e criticou o que classificou como um apontar de dedo desproporcional ao Estado judeu.
O comunicado também afirmou: “A verdadeira crueldade é o uso de crianças como escudos por terroristas enquanto tentam assassinar israelenses.”
Histórico das críticas do papa
Em meses anteriores, o papa Francisco já havia adotado tom crítico em relação a outros conflitos. Em novembro, ele mencionou a “prepotência do invasor” na Ucrânia e na Palestina. Além disso, ele publicou um livro questionando se a situação em Gaza poderia ser considerada genocídio.
Francisco também denunciou, em setembro, o uso “imoral” da força no Líbano e em Gaza, sugerindo maior ênfase em discursos sobre direitos humanos e conflitos armados.
Entenda o caso: Papa Francisco e a crise em Gaza
- Condenações frequentes: O papa critica ações violentas em conflitos globais.
- Foco em Gaza: Lamentações recentes mencionam a morte de crianças e destruição de civis.
- Resposta de Israel: Governo aponta desconexão das declarações com o contexto do combate ao terrorismo.
- Repercussão global: A postura do pontífice gera debates sobre neutralidade e direitos humanos.