Berlim – O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu o parlamento nesta quinta-feira (26), após a crise desencadeada pela ruptura da coalizão governamental liderada pelo chanceler Olaf Scholz. Eleições antecipadas estão marcadas para 23 de fevereiro.
A decisão ocorreu após a saída do partido Democratas Livres (FDP) da aliança tripartite, liderada por Christian Lindner, deixando o governo sem maioria parlamentar. Steinmeier justificou a medida como “essencial para restaurar a estabilidade política” do país.
Cenário político tumultuado
A perda de um voto de confiança no início do mês foi um dos marcos da crise. O chanceler Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), viu seu governo enfraquecer com a saída do FDP, o que desencadeou um colapso na coalizão.
A dissolução do parlamento abriu espaço para uma corrida eleitoral marcada por intensa polarização. Friedrich Merz, líder do bloco conservador e atual favorito, criticou as políticas do governo Scholz, classificando-as como barreiras ao crescimento econômico devido a regulamentações excessivas.
Pesquisa eleitoral e cenário dos partidos
As últimas pesquisas colocam o bloco conservador de Merz com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o SPD. Enquanto isso, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aparece em segundo lugar, superando os social-democratas.
Embora tenha ganhado força, o AfD enfrenta resistência significativa dos partidos tradicionais, que continuam rejeitando qualquer possibilidade de coalizão. Os Verdes, por sua vez, aparecem em quarto lugar nas intenções de voto.
Desafios para formar o novo governo
A fragmentação política complica a formação de uma coalizão viável. Analistas apontam que as eleições podem resultar em negociações prolongadas para definir o próximo chanceler e assegurar um governo estável. A rejeição ao AfD e o enfraquecimento do SPD adicionam camadas de complexidade ao processo.
Entenda o caso: a dissolução do parlamento alemão
- Colapso da coalizão: A saída do FDP da aliança de governo liderada por Olaf Scholz gerou instabilidade.
- Eleições antecipadas: Frank-Walter Steinmeier marcou o pleito para 23 de fevereiro.
- Favorito: Friedrich Merz lidera as intenções de voto com críticas à política econômica de Scholz.
- Cenário fragmentado: Partidos tradicionais rejeitam coalizão com o AfD, dificultando a formação de um governo.