Nova York – O perfil oficial da Ford Motor Company no X (antigo Twitter) foi supostamente hackeado na última segunda-feira (30). Durante o incidente, mensagens em apoio à Palestina e críticas a Israel foram publicadas, incluindo frases como “Israel é um estado terrorista” e “Palestina Livre”. As postagens, apagadas posteriormente, geraram grande repercussão nas redes sociais.
Após recuperar o controle da conta, a Ford emitiu um comunicado: “Nossa conta no X foi brevemente comprometida e três postagens foram feitas sem autorização ou aprovação da Ford. Essas mensagens não representam os pontos de vista da Ford Motor Company. A Ford e o X estão investigando essa violação.”
Mensagens geram reações diversas
As mensagens publicadas atraíram atenção de forma rápida e foram amplamente compartilhadas. Enquanto alguns usuários elogiaram o que acreditavam ser uma posição oficial da Ford, outros criticaram duramente a empresa.
A executiva Brianna Wu, diretora do Rebellion PAC, questionou a falta de um pedido de desculpas mais direto. Ela afirmou no X: “Declaração incrivelmente fraca. Condenem o antissemitismo. Peçam desculpas à comunidade judaica. Prometam consequências para os responsáveis.”
Relação histórica da Ford com o tema
A história da Ford Motor Company com Israel e o antissemitismo é marcada por episódios controversos. Por um lado, a empresa fornece veículos blindados para as forças militares israelenses e a Ford Foundation apoia iniciativas em Israel e na Faixa de Gaza.
Por outro lado, o fundador da empresa, Henry Ford, foi um notório antissemita. Ele propagou teorias conspiratórias contra judeus e foi elogiado por Adolf Hitler no livro “Mein Kampf”. Em 1938, Henry Ford recebeu a Grã-Cruz da Águia Alemã, maior honraria da Alemanha para estrangeiros na época.
Investigações continuam
A Ford declarou que trabalha em conjunto com a equipe do X para investigar como ocorreu o ataque e identificar os responsáveis. A empresa não informou detalhes sobre possíveis medidas de segurança adicionais para evitar novos episódios.
Entenda o caso: o hackeamento da conta da Ford
- Data do incidente: 30 de dezembro.
- Mensagens publicadas: Críticas a Israel e apoio à Palestina, como “Israel é um estado terrorista”.
- Reação da Ford: A empresa afirmou que as postagens não refletem sua visão e está investigando o caso.
- Impacto nas redes: Mensagens geraram críticas e elogios antes de serem apagadas.
- Histórico polêmico: Fundador da Ford, Henry Ford, tinha posições antissemitas, mas a empresa apoia causas em Israel e Gaza.