Pobreza atinge 52,9% da população na Argentina sob Milei

Crise econômica agrava situação social, com 15,7 milhões de argentinos abaixo da linha da pobreza.

Buenos Aires – O número de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza cresceu significativamente no primeiro semestre de 2024, atingindo 15,7 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Sob o governo de Javier Milei, 52,9% da população do país enfrenta dificuldades econômicas severas, agravadas por inflação elevada e desemprego.


Resumo da Notícia

  • Aumento da pobreza: 15,7 milhões de argentinos vivem em situação de pobreza, representando 52,9% da população.
  • Crescimento da indigência: 5,4 milhões de pessoas estão em extrema pobreza.
  • Impacto econômico: Inflação acumulada de 236% em 12 meses e recessão econômica afetam duramente o país.
  • Medidas de Milei: O “Plano Motosserra” visa cortar gastos, mas tem impactos severos no custo de vida.

Detalhes do Aumento da Pobreza

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Nos primeiros seis meses de 2024, 3,4 milhões de pessoas caíram na pobreza, um aumento de 11,2 pontos percentuais em comparação ao semestre anterior. Ao final de 2023, 12,3 milhões de argentinos já estavam nessa situação. Segundo o Indec, a pobreza é calculada com base na renda familiar e no acesso a itens essenciais como alimentação, saúde e educação.

Além disso, a indigência — quando as famílias não têm acesso a alimentos suficientes para suprir as necessidades básicas de energia e proteínas — subiu para 18,1% da população, representando 5,4 milhões de pessoas.


Inflação e Medidas Econômicas

Apesar de uma ligeira desaceleração recente, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 236%. O governo de Javier Milei adotou o chamado “Plano Motosserra”, um conjunto de políticas de austeridade que inclui cortes de gastos públicos, redução de subsídios e desvalorização cambial.

Essas medidas têm como objetivo equilibrar as contas públicas e atrair investidores, mas, ao mesmo tempo, têm elevado significativamente o custo de serviços essenciais como água, eletricidade e transporte. O impacto na vida da população é profundo, com a classe média argentina sofrendo com o aumento dos preços e o custo de vida.


Mercado de Trabalho em Recessão

A crise econômica também se reflete no mercado de trabalho. O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina encolheu 5,1% no primeiro trimestre e 1,7% no segundo trimestre de 2024, aprofundando a recessão. Além disso, mais de 177 mil demissões ocorreram entre novembro de 2023 e abril de 2024, especialmente nos setores de construção e indústria, segundo dados do Centro de Estudos de Política Econômica (Cepa).


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Perguntas Frequentes

Quantos argentinos estão em situação de pobreza atualmente?
O Indec estima que 15,7 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza, representando 52,9% da população.

O que é o “Plano Motosserra”?
O plano econômico adotado pelo governo de Javier Milei busca cortar gastos públicos e desvalorizar o câmbio, com o objetivo de equilibrar as contas públicas. No entanto, tem causado aumento no custo de vida para a população.

Qual é o impacto da inflação na Argentina?
A inflação acumulada de 236% tem elevado os preços de bens e serviços essenciais, aprofundando a crise econômica e afetando a qualidade de vida da população.