Damasco – Rebeldes sírios conquistaram a capital do país no último domingo, selando a queda do regime de Bashar al-Assad.
A ofensiva, liderada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), resultou na tomada de Damasco e na fuga de Assad para um destino desconhecido, encerrando cinco décadas de controle da família Assad.
O avanço dos rebeldes começou em novembro e culminou com a ocupação de várias cidades estratégicas, incluindo Homs, ponto vital entre a capital e regiões costeiras controladas pelo regime.
Rebeldes avançam sem resistência
As forças opositoras, lideradas por insurgentes ligados à antiga Al-Qaeda, relataram a libertação de prisioneiros na prisão de Saydnaya, um marco simbólico próximo a Damasco. Com pouca resistência do exército sírio, os rebeldes já haviam tomado Alepo, Hama e grande parte do sul do país antes de alcançar a capital.
Moradores de Damasco enfrentaram o caos ao tentar abastecer-se de suprimentos, enquanto milhares fugiam para o Líbano em busca de segurança. Outros comemoravam nas ruas o fim de décadas de repressão.
Apoio estrangeiro ausente
O regime de Assad não recebeu apoio significativo de seus aliados. Rússia e Hezbollah, antes peças-chave na sustentação do governo, enfrentam crises internas e conflitos paralelos. A ONU retirou funcionários não essenciais da Síria, prevendo um cenário de instabilidade prolongada.
O paradeiro de Bashar al-Assad
Enquanto os rebeldes afirmam que Assad fugiu do país, a mídia estatal nega os rumores, alegando que ele continua em Damasco. Relatos não confirmados indicam que membros da família Assad teriam deixado a Síria rumo à Rússia.
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Reações internacionais
O ex-presidente dos EUA Donald Trump declarou em redes sociais que o país deveria evitar envolvimento militar na Síria, reiterando que “não é a nossa luta”. Já a administração Biden também manifestou que não planeja intervenções.
Por outro lado, a Rússia, liderada por Vladimir Putin, mostrou desinteresse em continuar apoiando Assad, principalmente devido à guerra na Ucrânia e à deterioração de recursos na região.
Entenda o caso: A queda do regime de Bashar al-Assad
- Ofensiva relâmpago: Rebeldes tomaram Damasco após ocuparem Alepo, Homs e outras cidades estratégicas.
- Fuga de Assad: O líder sírio teria deixado o país; destino permanece desconhecido.
- Colapso do apoio: Aliados como Rússia e Hezbollah não forneceram ajuda efetiva.
- Reação internacional: EUA descartam envolvimento militar; ONU evacua funcionários.
- Impacto local: Milhares fogem do país; outros celebram o fim do regime.