Washington – Kimberly Cheatle, agora ex-diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, renunciou ao seu cargo nesta terça-feira (23) após intensas críticas sobre falhas de segurança que permitiram o atentado contra o ex-presidente Donald Trump no dia 13 deste mês. A pressão para sua saída veio especialmente de deputados republicanos.
Resumo da Notícia
- Kimberly Cheatle, ex-diretora do Serviço Secreto dos EUA, renunciou após falhas de segurança.
- O atentado contra Donald Trump expôs vulnerabilidades graves na segurança.
- Deputados republicanos, incluindo Marjorie Taylor Greene e John Barrasso, pressionaram pela saída de Cheatle.
- O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, também reconheceu a falha.
O que aconteceu?
Incidente e Renúncia
Kimberly Cheatle, veterana do Serviço Secreto, foi nomeada diretora em agosto de 2022, sendo elogiada pelo presidente Joe Biden por sua competência e experiência. No entanto, o atentado contra o ex-presidente Donald Trump no dia 13 deste mês revelou falhas graves na segurança. Durante o ataque, um ex-chefe de bombeiros foi morto e outras duas pessoas ficaram feridas.
As críticas aumentaram rapidamente, levando Cheatle a comparecer à Comissão de Supervisão da Câmara dos EUA na última segunda-feira (22) para explicar as falhas de segurança. Durante a audiência, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene pediu um cronograma detalhado do tiroteio, mas Cheatle não conseguiu fornecer informações específicas.
Pressão do Congresso
Deputados de ambos os partidos, incluindo o democrata Jamie Raskin, pediram a renúncia de Cheatle. “A diretora perdeu a confiança do Congresso, em um momento muito urgente e delicado na história do país”, declarou Raskin. O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, também reconheceu o atentado como uma falha de segurança.
Reação de Kimberly Cheatle
Cheatle assumiu a responsabilidade pelo incidente, declarando, ainda no dia 15, que “a falha do serviço secreto foi inaceitável”. “A responsabilidade é minha”, afirmou. Ela destacou a necessidade de revisar os procedimentos de segurança e fornecer recursos adequados ao pessoal.
Confrontos Durante a Convenção Republicana
Durante a Convenção Republicana, senadores como John Barrasso e Marsha Blackburn confrontaram Cheatle sobre o incidente. “Você o colocou a menos de um centímetro da vida. Renuncie ou dê uma explicação completa”, disse Barrasso de forma incisiva. A pressão aumentou quando o presidente da Câmara, Mike Johnson, e Chris LaCivita, assessor de Trump, endossaram publicamente o pedido de demissão.
Apoio à Renúncia
“O presidente Biden precisa demitir a diretora do serviço secreto, Kimberly Cheatle, imediatamente. Perdemos um herói americano no sábado e estávamos a milímetros de perder o presidente Trump. É imperdoável”, escreveu Johnson no X, antigo Twitter.
Carreira de Kimberly Cheatle
Antes de sua nomeação como diretora, Cheatle atuou em vários cargos de chefia no Serviço Secreto, incluindo diretora assistente. Em 2019, ela trabalhou como oficial de segurança líder na PepsiCo na América do Norte, retornando à agência em setembro de 2022.