Repressão e denúncias: governo Milei impõe nova ditadura na Argentina

Detenções arbitrárias, violência policial e acusações de sedição marcam a escalada autoritária na Argentina
15 de março de 2025
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Javier Milei - Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard
Javier Milei - Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard

Buenos Aires – O governo de Javier Milei enfrenta duras críticas após repressão violenta contra manifestantes na capital argentina. A ação policial deixou dezenas de feridos e resultou em prisões sem justificativa. Organismos internacionais, como a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), condenaram os abusos e exigiram investigação. Enquanto isso, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, intensifica medidas contra opositores e abre processos por sedição.

Violência policial e detenções arbitrárias

A recente repressão em Buenos Aires ganhou destaque após o fotógrafo Pablo Grillo ser gravemente ferido por um cartucho de gás lacrimogêneo disparado pela polícia. Ele passou por cirurgia e segue internado. Além disso, 114 manifestantes foram detidos sem provas, segundo a juíza Karina Andrade, que ordenou suas solturas. O governo agora tenta afastá-la do caso.

Milei defende a repressão

O presidente Javier Milei, em discurso ao lado de Patricia Bullrich, justificou a ação da polícia e atacou manifestantes. “Os bons são os de azul”, disse, referindo-se às forças de segurança. Em tom ameaçador, declarou: “Os vamos metê-los na cadeia”.

A estratégia do governo inclui transformar protestos em casos criminais. Bullrich acusa opositores de tentativa de desestabilização, afirmando que grupos organizados foram pagos para promover distúrbios. Contudo, não apresentou provas concretas.


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Pressão internacional

A repressão gerou forte repercussão internacional. A ONU cobrou explicações e a CIDH reforçou a necessidade de garantir a liberdade de expressão e o direito à manifestação. Organizações de direitos humanos alertam que o governo Milei segue um padrão típico de regimes autoritários: criminaliza a oposição, reprime protestos e busca controlar o Judiciário.

Judiciário na mira do governo

A juíza Karina Andrade, responsável por analisar as denúncias contra a repressão, virou alvo do governo após ordenar a soltura de manifestantes presos arbitrariamente. O Executivo tenta transferir os processos para tribunais mais alinhados à sua gestão, gerando preocupações sobre a independência do sistema judicial.

Entenda o caso: escalada autoritária na Argentina

  • Repressão violenta: Polícia usou gás lacrimogêneo e prisões arbitrárias contra manifestantes.
  • Feridos e presos: Fotógrafo Pablo Grillo segue internado após ser atingido; 114 manifestantes foram detidos.
  • Governo radicaliza: Milei e Bullrich justificam repressão e acusam manifestantes de sedição.
  • Reação internacional: ONU e CIDH condenam violência e cobram investigações.
  • Justiça sob ataque: Governo tenta afastar a juíza Karina Andrade e influenciar tribunais.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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