Moscou – A Rússia rejeitou qualquer possibilidade de aceitação da presença de forças europeias na Ucrânia, conforme afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (25). A declaração veio um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que Vladimir Putin estaria aberto à ideia de um contingente de paz europeu no país em guerra.
Trump afirmou a repórteres que, caso um acordo fosse firmado para encerrar o conflito, tanto ele quanto Putin aceitariam a presença de forças de paz na região. “Sim, ele aceitará isso. Fiz essa pergunta especificamente a ele. Ele não tem nenhum problema com isso”, declarou Trump.
Kremlin reforça posição contra tropas europeias
Apesar da declaração de Trump, o Kremlin manteve sua postura contrária. Peskov evitou contradizer diretamente o presidente norte-americano, mas reforçou que a posição da Rússia permanece inalterada. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já havia classificado anteriormente a presença de tropas estrangeiras como inaceitável.
“A posição da Rússia já foi expressa pelo ministro Lavrov. Não há nada a acrescentar a isso”, afirmou Peskov, descartando novas declarações sobre o tema.
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Moscou vê presença da Otan como ameaça
O governo russo tem criticado a presença de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia. Segundo Moscou, a movimentação seria interpretada como uma ameaça direta à soberania russa.
Na semana passada, Lavrov reafirmou essa preocupação ao declarar que, mesmo sob uma bandeira diferente, qualquer presença de tropas ocidentais na Ucrânia seria vista como uma escalada no conflito.
Entenda o caso: a disputa sobre tropas estrangeiras na Ucrânia
- Declaração de Trump: O presidente dos EUA disse que Putin aceitaria tropas europeias na Ucrânia em um acordo de paz.
- Resposta da Rússia: O Kremlin reafirmou que rejeita essa possibilidade, seguindo declarações anteriores de Lavrov.
- Preocupação russa: Moscou considera qualquer presença de tropas da Otan na Ucrânia uma ameaça direta.