Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender nesta quinta-feira (6) que seu governo assuma o controle da Faixa de Gaza após o conflito entre Israel e o grupo Hamas. Em postagem na rede Truth Social, ele afirmou que pretende reassentar os palestinos e transformar o território em um grande polo de desenvolvimento global.
Trump declarou que os palestinos seriam “reassentados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas na região” e que Gaza se tornaria “um dos maiores desenvolvimentos do tipo na Terra”. O presidente não mencionou se discutiu o plano com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Plano de Trump para Gaza gera reação internacional
As declarações geraram reações imediatas. Líderes palestinos repudiaram a proposta, classificando-a como uma tentativa de apagamento da identidade do povo da região. Nos Estados Unidos, o plano também provocou divisões dentro do próprio Partido Republicano, com alguns parlamentares criticando a ideia.
Na quarta-feira (5), após intensa repercussão negativa, a Casa Branca tentou amenizar as declarações de Trump. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que a retirada dos palestinos “não seria permanente” e que o governo norte-americano não financiaria a reconstrução de Gaza.
Declaração de Trump gera incerteza sobre política externa
A proposta de Trump se soma a uma série de medidas controversas de seu governo na política externa. Durante seu mandato, o presidente adotou uma postura de apoio irrestrito a Israel, reconhecendo Jerusalém como capital do país e transferindo a embaixada dos EUA para lá em 2018.
Além disso, Trump já havia sinalizado restrições a vistos para palestinos e cortado parte dos recursos destinados à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina.
Entenda o caso: Trump e o futuro da Faixa de Gaza
- Trump propôs que os EUA assumam Gaza após a guerra entre Israel e Hamas;
- Palestinos seriam reassentados em outras áreas do Oriente Médio;
- A Casa Branca recuou e disse que a remoção da população “não seria permanente”;
- Líderes palestinos rejeitaram a proposta e classificaram a ideia como inaceitável;
- Republicanos estão divididos sobre a medida, e aliados internacionais reagiram com cautela.