Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca influenciar a sucessão do Papa Francisco. Com a saúde do pontífice debilitada, aliados do republicano intensificam articulações para garantir que o próximo líder da Igreja Católica esteja alinhado à agenda conservadora dos EUA.
A estratégia ganhou força após a nomeação de Brian Burch como embaixador dos EUA no Vaticano. Líder da organização CatholicVote, Burch é conhecido por defender pautas ultraconservadoras, como restrições ao aborto e oposição a direitos LGBTQIA+. A escolha do diplomata gerou reações no Vaticano, onde a indicação foi vista como um movimento hostil à gestão de Francisco.
Pressão sobre o Vaticano
Grupos conservadores ligados a Trump aumentaram a pressão sobre a Santa Sé. Cortes de financiamento para instituições próximas ao Papa e a aproximação com cardeais tradicionalistas são algumas das medidas adotadas. A CatholicVote, presidida por Burch, tem sido peça-chave nessas articulações.
“Estou comprometido em trabalhar com líderes do Vaticano e da nova administração para promover a dignidade de todas as pessoas e o bem comum”, declarou Burch, evitando citar o Papa Francisco diretamente.
Aliança com ultraconservadores
Nos bastidores, aliados de Trump, como JD Vance e Karoline Leavitt, articulam apoio dentro da Igreja. O governo americano reforçou laços com bispos e cardeais críticos ao pontífice. Alguns desses religiosos defendem que a sucessão traga um líder mais próximo da linha tradicionalista.
“A administração Trump tem sido fundamental para garantir liberdade religiosa e proteger valores pró-vida”, afirmou Vance em evento católico recente. O vice-presidente defende que a Igreja precisa de um líder que reforce valores cristãos tradicionais.
Vaticano reage
Diante da ofensiva, o Vaticano adotou contramedidas. Nomeações de religiosos críticos à política de Trump foram intensificadas. Além disso, a diplomacia da Santa Sé trabalha para conter a influência americana na escolha do próximo pontífice.
Mesmo assim, a Casa Branca insiste em sua estratégia. Caso Francisco renuncie ou não resista aos problemas de saúde, Trump quer garantir que a sucessão ocorra sob forte influência conservadora. O objetivo é consolidar um novo Papa alinhado a suas bandeiras políticas e religiosas.