Karoline Leavitt, porta-voz de Donald Trump - Foto: Wikimedia Commons
Karoline Leavitt, porta-voz de Donald Trump - Foto: Wikimedia Commons

Trump nega envio de tropas e recua sobre plano para Gaza

5 de fevereiro de 2025
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Washington – O presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos não enviarão tropas para a Faixa de Gaza nem assumirão os custos da reconstrução do território palestino. A declaração ocorreu após polêmicas sobre sua proposta de deslocamento da população palestina.

A Casa Branca esclareceu que a ideia de retirada dos palestinos não seria permanente, mas sim uma “realocação temporária“. A secretária de imprensa Karoline Leavitt reforçou que Trump defende a participação dos EUA na estabilização da região, mas sem custear a reestruturação.

Trump recua sobre deslocamento de palestinos

Durante entrevista coletiva, Leavitt declarou que a intenção do governo não é manter militares americanos em Gaza. “Isso não significa que haverá tropas no local”, disse.

A secretária também negou que Trump defenda a remoção definitiva dos palestinos, afirmando que o presidente considera uma “realocação temporária” dos moradores.

Declarações polêmicas e recuos

Na terça-feira (4), Trump disse que os EUA assumiriam o controle da Faixa de Gaza, alegando que as mesmas pessoas não deveriam continuar reconstruindo o local. Ele também afirmou que o território poderia se tornar uma “Riviera do Oriente Médio“.

No entanto, ao ser questionado sobre as críticas às suas declarações, Trump minimizou a polêmica e declarou: “Todo mundo adora“.

Encontro com Netanyahu e novos planos

Trump fez as declarações ao lado do premiê israelense Benjamin Netanyahu, o primeiro líder estrangeiro recebido por ele no novo mandato. Netanyahu não comentou diretamente o plano para Gaza, mas reiterou que os objetivos de Israel incluem a segurança do país e a liberação de reféns.

O presidente americano também afirmou que pretende visitar Gaza, Israel e Arábia Saudita, mas não divulgou datas para a viagem.

Rejeição internacional

A proposta de deslocamento de palestinos enfrenta forte resistência. Egito e Jordânia rejeitaram a ideia e reafirmaram o direito dos palestinos de permanecerem em suas terras.

O chanceler jordano Ayman Safadi declarou: “Nossa rejeição ao deslocamento dos palestinos é firme e não mudará“.

A Arábia Saudita também rechaçou a proposta e reforçou que não estabelecerá laços com Israel até que um Estado Palestino seja criado.

Entenda a polêmica sobre Gaza

  • Trump propõe que os EUA assumam o controle da Faixa de Gaza.
  • Casa Branca nega envio de tropas e diz que realocação de palestinos seria “temporária”.
  • Egito, Jordânia e Arábia Saudita rejeitam a ideia.
  • Netanyahu evita comentar a proposta diretamente.
  • Críticos afirmam que deslocamento de palestinos poderia configurar “limpeza étnica”.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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