Uruguai escolhe presidente entre Esquerda e Direita em disputa acirrada

Candidatos estão tecnicamente empatados; margem de erro gera incerteza

Redacao
Por Redacao
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Bandeira do Uruguai (Crédito: Shutterstock)

MontevidéuO Uruguai realiza neste domingo (24) o segundo turno das eleições presidenciais, com os candidatos Yamandú Orsi, da Frente Ampla, e Álvaro Delgado, da coalizão governista liderada por Luis Lacalle Pou, disputando voto a voto.

As últimas pesquisas indicam empate técnico: 47% para Orsi e 46% para Delgado, dentro da margem de erro de 3,4 pontos percentuais.

A eleição ocorre em um cenário de forte polarização, com quase três milhões de eleitores aptos a votar. No primeiro turno, Orsi obteve 46,1% dos votos, enquanto Delgado alcançou 28,2%. Ambos agora buscam consolidar suas bases e atrair os indecisos em um país dividido.

Quem é Yamandú Orsi?

Yamandú Orsi, de 57 anos, é ex-governador de Canelones e professor de história. Representando a Frente Ampla, ele é visto como o herdeiro político do ex-presidente José Mujica, que se afastou da campanha por questões de saúde. Durante a campanha, Orsi enfatizou renovação, diálogo e atenção a pautas ambientais, inclusão social e apoio aos pequenos produtores.

Orsi destaca a estabilidade legislativa como trunfo: a Frente Ampla conquistou a maioria no Senado e na Câmara nas eleições legislativas. “Temos as condições para assumir nosso país e continuar trabalhando com firmeza para as transformações que o Uruguai precisa”, afirmou Orsi.

Álvaro Delgado e a continuidade governista

Álvaro Delgado, de 55 anos, é veterinário e foi secretário da presidência no governo Lacalle Pou. Ele defende a continuidade das políticas da atual gestão, como avanços em segurança, infraestrutura e economia. Delgado também ressaltou seu papel durante a pandemia de Covid-19, quando foi o elo entre o governo e a população.

“Vai nos eleger uma maioria silenciosa que prefere a continuidade de um governo que foi melhor do que o da Frente Ampla”, declarou Delgado em um comício recente. Sua base de apoio é forte entre eleitores rurais e setores conservadores, impulsionados pelos bons índices de aprovação de Lacalle Pou.

Cenário acirrado e possível desfecho

Analistas apontam que a eleição será definida por uma margem estreita. Em 2019, apenas 37 mil votos decidiram o pleito. Segundo o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum, é possível que menos de 50 mil votos definam o novo presidente.

Independentemente do resultado, a transição deve ocorrer de forma pacífica. Bottinelli destaca que “quem perder aceitará pacificamente e haverá uma etapa necessária de negociação entre os dois blocos”.


Entenda, saiba mais e tire suas dúvidas

Quem são os candidatos?

  • Yamandú Orsi: Representa a Frente Ampla, ex-governador e professor de história. Apoiado por José Mujica.
  • Álvaro Delgado: Candidato da coalizão governista, ex-secretário da presidência. Defende continuidade das políticas de Lacalle Pou.

Quais foram os resultados do primeiro turno?

  • Orsi obteve 46,1% dos votos.
  • Delgado alcançou 28,2%.

Quantos eleitores estão aptos a votar?

Quase 3 milhões de pessoas podem participar do pleito.

Quais são as chances de cada candidato?

Pesquisas indicam empate técnico, com margem de erro de 3,4 pontos percentuais.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca