Especialista comenta projeções sobre o mercado de câmbio

Cenário econômico mundial influencia diretamente no setor; Mão de obra especializada pode ser uma realidade para as empresas.

O mercado de câmbio primário no Brasil movimentou, de janeiro a novembro de 2022, mais de USD 1,5 trilhões, segundo estatísticas do Banco Central do Brasil.  Em consonância, o setor de Comércio Exterior no país pode ser um dos maiores responsáveis por tamanha movimentação. Os resultados da balança comercial de 2022, obtidos no site do  Ministério da Economia, indicam que as exportações somaram US$ 335 bilhões e importações US$ 272,7 bilhões. A corrente de comércio cresceu 21,5% no ano passado e chegou a 607,7 US$ bilhões, fechando saldo comercial de US$ 62,3 bilhões.

De acordo com informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), referentes ao quarto trimestre do ano passado, existe uma incerteza residual sobre a trajetória e a direção da política econômica, o que pode gerar volatilidade adicional na cotação da moeda.

Para Leandro Marchioretto, CEO da Mauá Câmbio, diante do cenário deste mercado, empresas e pessoas podem demonstrar a necessidade de contar com assessoria especializada no setor cambial.  “A busca por serviço profissional em câmbio que compreenda as demandas e operações específicas, bem como por custos atrativos para o mercado de comex é uma realidade”, comenta o CEO.

Uma pesquisa feita por amostragem, do market share deste produto, identificou espaço para novos projetos no setor cambial ao considerar que a grande maioria das  operações de câmbio no Brasil são feitas por bancos de varejo, que podem não denotar expertise no atendimento do perfil das empresas que contratam câmbio.

Como pontos positivos para a projeção do ano vigente, ainda segundo o relatório do IPEA, as expectativas apontam para um câmbio de R$ 5,20/ US$ em dezembro de 2022 e ao fim de 2023, previsão mais otimista que a esperada ao final de 2021. “O Comércio Exterior vem se transformando a cada ano. Um exemplo disso é que o Brasil nunca teve uma participação tão grande de importados. Desde 2003, não tínhamos uma participação tão grande no mercado brasileiros dos produtos importados, conforme análise da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Mais importações, mais câmbio e maior necessidade de serviços”, explica Leandro.