Operação conjunta entre Rio e Espirito Santo no Complexo da Maré tem intenso tiroteio

Agentes tentam prender suspeitos que movimentaram R$ 40 milhões

Redacao
Por Redacao - Equipe
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Rio de Janeiro Uma operação conjunta das forças de segurança do Rio de Janeiro e Espírito Santo resultou em intensos tiroteios no Complexo da Maré, fechando a Avenida Brasil por alguns minutos nesta quarta-feira (28).

A ação tem como alvo uma quadrilha capixaba ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP), suspeita de movimentar R$ 40 milhões em um ano. Durante a operação, um homem que não estava entre os procurados foi preso em flagrante ao tentar roubar um caminhão.

Polícia atua em diferentes pontos do Rio e ES

Os mandados foram cumpridos em áreas da Maré controladas pelo TCP, além de Laranjeiras, Ramos e Campo Grande, no Rio, e em Vitória (ES). A Secretaria de Segurança Pública não revelou o número de mandados nem a identidade dos alvos.

Durante a operação, ocorreram intensos confrontos. Criminosos incendiaram barricadas, dificultando o acesso das equipes policiais. Até a última atualização, não havia informações sobre feridos.

Regiões da Maré onde a polícia atuou:

  • Baixa do Sapateiro
  • Conjunto Bento Ribeiro Dantas
  • Conjunto Esperança
  • Conjunto Pinheiros
  • Nova Maré
  • Salsa e Merengue
  • Timbau
  • Vila do João
  • Vila dos Pinheiros

Quadrilha movimentou milhões com atividades ilegais

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, os criminosos capixabas se instalaram na Maré para expandir operações ilegais. Investigações apontam que, em apenas um ano, a quadrilha movimentou R$ 40 milhões.

Além do tráfico, o grupo extorquia funcionários de empresas de internet, água e gás, cobrando mensalidades de até R$ 10 mil para operar na região.

Para ocultar os ganhos ilícitos, os criminosos utilizavam um banco paralelo, com contas bancárias diversas, incluindo uma casa lotérica. Os valores também financiavam atividades do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões.

“Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro do tráfico na Maré, mas também financiavam o TCP no Espírito Santo. Pedimos o bloqueio de várias contas usadas para a lavagem de dinheiro”, afirmou Romualdo Gianordoli Neto, subsecretário de inteligência do ES.

As investigações começaram após a prisão do traficante Luan Gomes de Faria, em novembro de 2023, em Vitória. Seu irmão, Bruno Gomes de Faria, assumiu as operações do TCP no estado e migrou para a Maré.

“Essa operação busca desarticular redes criminosas que ameaçam a segurança pública em escala regional”, declarou o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor dos Santos.

Prisão inesperada na área do Comando Vermelho

Durante a operação, policiais prenderam Renê Gomes Silva, o RN da Nova Holanda, que não era um dos alvos. Ele foi detido ao tentar roubar um caminhão na Avenida Brasil para levá-lo à Nova Holanda, área dominada pelo Comando Vermelho (CV). Após uma perseguição, caiu da moto e foi capturado.


Entenda a operação policial no Complexo da Maré

  • Ação conjunta: Forças de segurança do RJ e ES miram o TCP na Maré.
  • Movimentação milionária: Grupo criminoso movimentou R$ 40 milhões em um ano.
  • Extorsão: Empresas de serviços pagavam até R$ 10 mil para atuar na região.
  • Banco paralelo: Organização usava contas ilegais para lavar dinheiro.
  • Prisões: Irmãos Vera, líderes do TCP no ES, foram alvos das investigações.
  • Confronto: Avenida Brasil foi fechada após tiroteios e barricadas em chamas.

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