Eleição presidencial: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

A eleição presidencial está assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E agora?

A eleição presidencial está assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E agora? Entre procelas e tempestades de ambos os lados, não podemos esquecer que o país se ressente fortemente das atitudes desumanas e debochadas do presidente Bolsonaro em relação ao coronavírus. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas não fosse a flagrante negligência presidencial na tomada de decisões. E isso tem que ser cobrado, sim, do senhor Jair Bolsonaro.

Os defeitos e erros de Lula podem ser relativizados pelo mau comportamento ético e autocrático de quem não respeita a liturgia do cargo, ataca jornalistas, ofende as instituições, como o STF/TSE, e não combateu a corrupção, como havia prometido.

Tanto Bolsonaro quanto Lula são duas figuras populistas que não pensam a médio e longo prazo, incompetentes e com defeitos insanáveis.

Lula só não está preso por decisão questionável do STF, que, no entanto, não o absolveu das acusações que lhe são imputadas. Bolsonaro, por seu turno, devia estar preso por seu negacionismo à pandemia, e é responsável, sim, pela morte de muita gente.

Lula é acusado de corrupção. Bolsonaro também é acusado de corrupção: MEC, onde barra de ouro fazia parte de propina negociada por pastores; Covaxin, vacina indiana negociada por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciada pelo próprio fabricante; Bolsonaro trouxe o Centrão corrupto para dentro de seu governo; Bolsonaro interfere para que a suspeita de corrupção de seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas rachadinhas da Alerj, não seja apurada; Bolsonaro não justificou, até agora, como a sua família adquiriu 51 imóveis, pagos parcial ou totalmente em dinheiro vivo.

No meu ponto de vista, Jair Bolsonaro jamais mudará o seu modus operandi de agir. Ao contrário, Lula, com a adesão do ex-governador Geraldo Alckmin, não incorrerá nos equívocos políticos, que o levaram à prisão.

Estamos diante do dilema do segundo turno nas eleições presidenciais no Brasil, e caberá ao eleitor decidir quem será o melhor candidato para presidir o país.