O empreguismo patrocinado por políticos indecorosos

Não morre pagão quem tem padrinho político.

O país, infelizmente, é tomado por espertalhões políticos e aqueles que se ancoram em políticos para tirar proveito da coisa pública.  

O empreguismo, sem concurso na área pública, continua sendo um escândalo patrocinado por políticos indecorosos, que não se importam pela moralização da República.  

Não morre pagão quem tem padrinho político. A meritocracia, no setor público, é requisito quase desnecessário para preenchimento de cargos nos gabinetes de políticos, repletos de parasitas sugando o Erário.

Por exemplo, a família Bolsonaro é pródiga em tirar proveito da coisa pública. Só vive mamando nas tetas do Tesouro. Agora, exercer atividade pública mediante concurso, bem, aí começa o complicador da família Bolsonaro.  Os três filhos mais velhos são parlamentares, as ex-esposas já exerceram cargos públicos, inclusive a atual que agora foi contratada pelo PL.

Vejam, a filha mais velha de Michelle Bolsonaro, Letícia Marianna Firmo da Silva, foi nomeada com salário de R$ 13 mil para exercer função subalterna na representação do governo de Santa Catarina, em Brasília, cujo governador é o ex-senador Jorginho Mello (PL-SC).

O namorado de Letícia, Igor Matheus Modtkowski, ganhou cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), o qual já havia dado emprego ao filho mais novo de Bolsonaro, Jair Renan.

A irmã de Michelle Bolsonaro, Geovanna Kathleen Ferreira Lima, foi nomeada para o gabinete da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), aliada de Bolsonaro.

Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, foi nomeado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), para o cargo de assessor especial. Diego esteve no acampamento montado por apoiadores de Jair Bolsonaro na porta do Quartel do Exército, em Brasília.

Léo índio, primo dos Bolsonaros, já ocupou cargos de assessor parlamentar do Senador do dinheiro escondido nas nádegas Chico Rodrigues (PSB-RR). Bem como foi assessor parlamentar da Primeira Secretaria da Casa, que era comandada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Foi alvo de operação da Polícia Federal contra atos golpistas no Distrito Federal.

Recentemente, Bolsonaro e esposa foram empregados no PL, recebendo altos salários. E você, desempregado, continua a acreditar nessa corja política que envergonha o Brasil?  

É fato, no entanto, que outros políticos de vertentes partidárias várias também usam o seu prestígio para acomodar amigos e parentes em cargos públicos.

O empreguismo político no Brasil é uma vergonha sem-fim. Como você pode acreditar num país, tendo políticos indecorosos que só dão maus exemplos? Então, só existem pessoas capacitadas, parentes ou filhos de políticos, para exercer cargos públicos?

Enquanto os políticos buscam colocação de trabalho, na área pública, a seus apaniguados e parentes, miríades de desempregados honestos e competentes, sem padrinhos políticos, vivem na rua da amargura.

Assim, para acabar com a farra das indicações políticas, todos os cargos nos gabinetes de parlamentares – federal, estadual e municipal – deveriam ser exercidos exclusivamente por elementos concursados.