Oscar 2016: A Grande Aposta - Criativo, mas cansativo

Com o anúncio dos indicados ao Oscar 2016, a coluna POP CINE realiza uma série de análise sobre as oito produções indicadas ao prêmio de Melhor Filme. São elas: Mad Max – Estrada da Fúria, O Regresso, O Quarto de Jack, Spotlight – Segredos Revelados, A Grande Aposta, Ponte dos Espiões, Brooklyn e Perdido em Marte.

Alguns desses filmes já foram analisados por aqui, por terem sido vistos bem antes do anúncio oficial. Já falamos de Mad Max – Estrada da Fúria, Ponte dos Espiões, Perdido em Marte e Spotlight – Segredos Revelados.. Hoje, iremos analisar A Grande Aposta.

O filme está indicado em cinco categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor (Adam McKay), Melhor Ator Coadjuvante (Christian Bale), Melhor Roteiro Adaptado (Charles Randolph, Adam McKay) e Melhor Edição.

A Grande Aposta
A Grande Aposta

Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.

A Grande Aposta
A Grande Aposta

Com um elenco de peso, o diretor Adam McKay apresenta, em tom irônico, todo o conflito causado pela possibilidade da quebra do sistema imobiliário. Todo o filme sob a perspectiva de três núcleos distintos. Isso cria uma dinâmica bastante criativa. Diálogos rápidos e cortes de cenas abruptos ajudam a criar um panorama bastante cômico.

O que atrapalha o desenvolvimento do roteiro é que tudo o que é feito deveria causar uma leveza a um tema um tanto complexo. Mas o filme é mais denso do que deveria ser. Parece que estamos em uma palestra que tenta ser dinâmica sobre economia. Mas tal dinamismo é um tiro pela culatra, já que confunde mais ainda o público.

Se quiser se divertir, vai até soltar algumas gargalhadas (principalmente com Carell), mas vai preferir algo bem mais leve do que essa aulinha de economia e estatística.

Até a próxima!

Confiram a análise de Ponte dos Espiões (http://newspop.com.br/ponte-dos-espioes/ ).

Confiram a análise de Perdido em Marte (http://newspop.com.br/perdido-em-marte-sem-chance-para-exageros/ )

Confiram a análise de Mad Max – Estrada da Fúria (http://newspop.com.br/mad-max-estrada-da-furia-de-tirar-o-folego/ )

Confiram minha análise de Spotlight – Segredos Revelados (http://newspop.com.br/spotlight-segredos-revelados/ )