PF indicia Jair Bolsonaro e 36 aliados por tentativa de golpe

Brasília – A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta-feira, 21, o inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o delegado Alexandre Ramagem, e os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

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Estrutura e ações da organização golpista Núcleos de atuação Participação militar Penas previstas e indiciados Crimes apontados Principais nomes na lista Implicações e próximos passos Decisão da PGR Conclusões da PF Veja a lista dos 37 indiciados:

O relatório, com mais de 800 páginas, aponta crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e formação de organização criminosa.

Segundo a PF, Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. O documento foi enviado ao STF e agora cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se denuncia os envolvidos.

Estrutura e ações da organização golpista

Núcleos de atuação

A PF identificou seis núcleos operacionais que agiam de forma coordenada:

Desinformação e ataques ao sistema eleitoral.
Incitação de militares ao golpe de Estado.
Apoio jurídico para validar o movimento.
Inteligência paralela usada para espionagem.
Operacional para medidas coercitivas, como planejamentos de ataques e assassinatos.

Participação militar

O relatório aponta que pelo menos 35 militares, incluindo 10 generais, 16 coronéis e um almirante, participaram diretamente do planejamento golpista.

Penas previstas e indiciados

Crimes apontados

Os indiciados podem enfrentar penas que variam de 4 a 12 anos para golpe de Estado, 4 a 8 anos por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e 3 a 8 anos por organização criminosa.

Principais nomes na lista

A relação de indiciados inclui figuras centrais do governo Bolsonaro e militares de alta patente. Entre eles:

Jair Bolsonaro (ex-presidente).
Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa).
Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional).
Valdemar Costa Neto (presidente do PL).
Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin).

Implicações e próximos passos

Decisão da PGR

A Procuradoria-Geral da República, comandada por Paulo Gonet, analisará o relatório para decidir se formaliza denúncias ou solicita novas investigações.

Conclusões da PF

A corporação afirmou que as investigações encerram a apuração sobre o golpe, mas outras ações ligadas ao caso podem ser desdobradas dependendo da análise da PGR.