Polícia da Noruega indica que autor de ataque pode sofrer de doenças mentais

Copenhague, 15 out (EFE).- A polícia da Noruega informou nesta sexta-feira que a linha que está sendo trabalhada nas investigações sobre o ataque ocorrido dois dias atrás na cidade de Kongsberg, no sudoeste do país, é que o autor sofre de problemas de saúde mental.

“Avaliamos muitas hipóteses, mas a que ganhou mais força até o momento é que a motivação (do crime) tenha sido a doença dele”, afirmou o inspetor da corporação Per Thomas Omholt, em entrevista coletiva.

Segundo as investigações, Espen Andersen Brathen, de 37 anos, matou cinco pessoas e feriu outras três, depois que começou a disparar flechas aleatoriamente contra pessoas que estavam em rua do centro de Kongsberg.

O homem, que havia se convertido ao islamismo, era monitorado pelos serviços de inteligência da Noruega, devido uma suposta radicalização. Ontem, ele foi enviado à uma instituição psiquiátrica, onde seria submetido a exames.

Hoje, em um tribunal da cidade de Baskerud, foi realizada a primeira audiência sobre o caso, em que acabou sendo determinada a prisão preventiva de Brahen por quatro semanas, diante das acusações de cinco homicídios e três tentativas.

Ontem, a polícia da Noruega admitiu a existência de indícios de ação terrorista, mas a justiça ainda avalia se o autor dos crimes será enquadrado dessa forma.

Durante a audiência de hoje, Omholt afirmou que a acusação será ampliada também para apontar que Brathen poderia ter atingido “muitas pessoas” com as flechas, considerando também na ação as que ele não atingiu.

HISTÓRICO CONTURBADO.

Veículos de imprensa do país nórdico noticiaram ontem que o preso pela autoria da ação registrou anteriormente distúrbios psiquiátricos.

Além disso, foi difundido vídeo de 2017, em que Brathen aparece fazendo ameaças em norueguês e em inglês, em que afirma ter se tornado muçulmano. Os atos fizeram com que ele fosse denunciado às autoridades locais por um amigo.

O preso foi condenado em 2012 a 60 dias de prisão condicional por roubo e posse de drogas. Em junho de 2020, um tribunal determinou que ele deveria ficar seis meses proibido de visitar a família em Kongsberg, por ameaçar de morte o pai e entrar em casa armado. EFE