O uso da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desde julho deste ano até sua prisão preventiva no último sábado (22/11/2025) por violação do aparelho, custou R$ 1.040,13 aos cofres públicos do Distrito Federal (GDF).
O ex-presidente permaneceu com o dispositivo por 127 dias até tentar violá-lo com uma máquina de solda, ato que configurou um dos motivos determinantes para sua prisão.
🔢 Detalhes do Custo Diário e Total
O valor é calculado com base no contrato da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) com a empresa fornecedora, UE Brasil Tecnologia:
- Custo Diário da Tornozeleira Ativa: R$ 8,19
- Período de Uso por Bolsonaro: 127 dias
- Cálculo Total: R$ 8,19 X 127 = R$ 1.040,13
O GDF só efetua o pagamento quando o equipamento está ativo com um custodiado do sistema prisional.
💸 Multa e Custos Adicionais Pela Violação
A tentativa de violação da tornozeleira gerou um custo imediato e adicional aos cofres públicos do DF: a multa por dano ao dispositivo.
- Valor da Multa por Troca: R$ 737,52
- Cálculo da Multa: O contrato da Seape-DF prevê que, quando uma tornozeleira é danificada, a multa é aplicada automaticamente, em valor três vezes superior ao custo mensal estimado do equipamento (R$ 245,84).
Em um primeiro momento, o governo arca com o prejuízo da troca. Posteriormente, a Seape-DF pode optar por cobrar o valor de R$ 737,52 do ex-presidente por ter causado o dano, embora a pasta ainda não tenha definido se fará essa cobrança.
🚨 Violações no DF Não São Casos Isolados
A violação da tornozeleira eletrônica por parte do ex-presidente se insere em um contexto de ocorrências frequentes no DF. Dados da Seape mostram que o dano ou a violação de dispositivos é uma rotina no sistema:
- 2025 (Jan. a Out.): 145 ocorrências
- 2024: 156 ocorrências
- 2023: 152 ocorrências
- Total em 3 Anos (parcial): 453 ocorrências
Apesar do número de violações, a Seape informou que todos os equipamentos violados neste ano foram recuperados e reutilizados, sem custo adicional ao GDF pela recuperação.
