A cantora Anitta fez um apelo contundente nesta terça-feira (14) para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolha uma mulher para preencher a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), após a saída do ministro Luís Roberto Barroso. A manifestação, feita por meio das redes sociais, gerou ampla repercussão e debate sobre representatividade.
Anitta ressaltou o histórico de desigualdade de gênero na mais alta Corte do país, que, em seus 134 anos, já teve 172 ministros, sendo apenas três mulheres e nenhuma ministra negra. Caso a indicação de Lula seja um homem, o STF retomará a composição com dez ministros, porém com somente uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, indicada no governo Lula em 2006.
“Tenho certeza de que existem mulheres qualificadas para o cargo no nosso país, onde a maioria da população é mulher. Compartilho com toda esperança”, afirmou a artista, defendendo a ampliação da presença feminina e maior diversidade no tribunal.
Impacto social e político da indicação no STF
O pedido reforça a crescente pressão por maior heterogeneidade nas instâncias superiores do Poder Judiciário, especialmente em um momento crítico para os direitos das mulheres e grupos historicamente marginalizados. Uma indicação feminina representa não apenas uma conquista simbólica, mas também influencia decisões judiciais com reflexos diretos nas políticas públicas e na efetivação da igualdade de gênero.
A discussão mobiliza sociedade civil, movimentos feministas e setores progressistas que veem na composição do STF um espelho da pluralidade do país, reforçando o papel do tribunal como guardião dos direitos fundamentais.
