A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) sinalizou a aliados que considera aceitar a candidatura a vice-presidente da República em 2026, compondo chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação surge após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começar a cumprir pena em regime fechado no inquérito do golpe.
A decisão representa uma mudança no plano original de Michelle, que era disputar uma vaga ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. A avaliação interna no núcleo bolsonarista é de que a presença de um membro direto da família na chapa presidencial é crucial para preservar a influência política e o legado do movimento.
🛡️ Estratégia de Sobrevivência Política
O movimento de aproximação se intensificou por um temor estratégico:
- Ofuscamento: Há receio de que uma vitória de Tarcísio sem a presença de um Bolsonaro possa fortalecer o governador a ponto de ofuscar o legado político do ex-presidente.
- Controle Simbólico: A participação de Michelle na chapa é vista como a forma mais eficaz de manter o controle simbólico do bolsonarismo sobre o projeto político da direita.
Apesar de a ex-primeira-dama já ter demonstrado confiança e respeito pelo governador paulista, a nova sinalização indica a disposição de abrir mão da candidatura ao Senado em prol da estratégia maior de permanência no Planalto.
⚖️ Alternativas e Cenário Jurídico
Outra alternativa considerada pelo clã é lançar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência. No entanto, essa hipótese enfrenta maior resistência do Centrão e de setores do Judiciário.
A avaliação política é que Tarcísio de Freitas possui maior facilidade para atrair apoios políticos amplos, sendo um nome competitivo alinhado à direita, mas com menor desgaste público do que os membros diretos da família Bolsonaro.
Líderes partidários reforçam que o cenário eleitoral de 2026 está intrinsecamente ligado à situação jurídica de Jair Bolsonaro, hoje impedido de disputar cargos eletivos e detido.
