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Aborto: STF determina suspensão de processos contra médicos

Alexandre de Moraes exige comprovação do Cremesp sobre suspensão de processos de assistolia fetal

Brasilia DF 08 02 2024 Ministro Alexandre de Moraes durante Sessão plénaria do STF. foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Brasilia DF 08 02 2024 Ministro Alexandre de Moraes durante Sessão plénaria do STF. foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu um prazo de 48 horas para que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) comprove a suspensão de todos os processos contra médicos que realizaram o procedimento de assistolia fetal em casos de aborto legal após a 22ª semana de gestação. A medida visa garantir o cumprimento da decisão anterior do STF, que suspendeu a resolução do Cremesp que proibia tal prática.

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O que você precisa saber

  • Prazo do STF: Cremesp deve comprovar suspensão de processos em 48 horas.
  • Procedimento de assistolia fetal: Permitido para casos de aborto legal após 22 semanas.
  • Decisão anterior do STF: Suspensão da resolução do Cremesp que proibia a prática.
  • Impacto da proibição: Afeta principalmente casos de estupro de crianças e adolescentes.

Contexto da Decisão

Em maio, o STF suspendeu a resolução do Cremesp que proibia a assistolia fetal, procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para interrupção de gravidez após a 22ª semana. Essa técnica é utilizada no Brasil em casos de aborto legal.

O aborto legal no Brasil é permitido em três casos: gravidez resultante de estupro, risco de vida para a gestante e anencefalia do feto, sem limite de idade fetal. Portanto, a proibição da assistolia fetal impacta principalmente casos de estupro de crianças e adolescentes, que muitas vezes demoram para buscar assistência médica.

Ação no STF

Em dezembro de 2023, o Cremesp publicou a resolução proibitiva e começou a processar médicos, levando à abertura da ADPF 1.141 no STF, que julgou a resolução como um abuso de poder. O Cremesp, no entanto, não se pronunciou sobre a decisão do STF até o momento.

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Reações e Implicações

A decisão de Alexandre de Moraes busca assegurar que a prática recomendada pela OMS seja seguida, garantindo a segurança e os direitos das gestantes em casos de aborto legal. Além disso, a ação do STF reforça a necessidade de alinhamento com diretrizes internacionais de saúde.