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quarta-feira, março 12, 2025
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Advogada é ameaçada por bolsonaristas após denunciar soldado israelense

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Brasília – A advogada Maira Pinheiro relatou ter recebido ameaças de morte e violência sexual após ingressar com uma ação contra o soldado israelense Yuval Vagdani.

A denúncia, movida em nome da Fundação Hind Rajab (HRF), visa apurar supostos crimes de guerra cometidos em Gaza. Informações pessoais de Maira também foram expostas, em um caso de “doxxing”.

As ameaças, que incluem sua filha de 10 anos, partiram de grupos bolsonaristas. A advogada afirmou: “Isso não vai me intimidar. Continuarei o meu trabalho”.

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Denúncia contra Yuval Vagdani ganha repercussão

O soldado Yuval Vagdani foi acusado pela HRF de destruir um quarteirão residencial em Gaza com explosivos, fora de combates. Ele teria publicado imagens da destruição nas redes sociais com mensagens que exaltavam a continuidade das ações militares.

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Após a decisão da Justiça Federal brasileira, que ordenou a investigação, Vagdani deixou o Brasil. A Fundação Hind Rajab, sediada na Bélgica, defende os direitos palestinos e atua contra crimes de guerra.


Ataques nas redes sociais

Grupos bolsonaristas divulgaram dados pessoais de Maira Pinheiro, agravando a perseguição. O deputado federal Eduardo Bolsonaro compartilhou postagens que acusam a advogada de ser filiada ao PT e de estar focada na causa palestina desde 2023.

Além disso, mensagens ameaçadoras atingiram sua filha, intensificando o clima de hostilidade. Organizações como a Fepal e a OAB exigiram proteção às vítimas.


Reações das entidades

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e a Fundação Hind Rajab repudiaram os ataques. A HRF classificou as ameaças como “vis e covardes”. Em nota, reafirmaram que seguirão denunciando crimes de guerra.

“A Sra. Maira Pinheiro cumpriu seu dever profissional ao ingressar com a ação judicial. As ameaças visam intimidá-la, mas não terão sucesso”, declarou a fundação.


Entenda as ameaças contra Maira Pinheiro

  • Contexto: Advogada denunciou o soldado Yuval Vagdani por crimes de guerra em Gaza.
  • Perseguição: Grupos bolsonaristas expuseram dados pessoais dela nas redes sociais.
  • Ameaças: Mensagens incluíram violência sexual e intimidações contra sua filha.
  • Repercussão: Organizações exigem medidas das autoridades e proteção à advogada.

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