Advogado de Heleno acusa Bolsonaro de envolvimento em trama golpista

25 de março de 2025
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O advogado Matheus Mayer Milanez, defensor do general Augusto Heleno, durante julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça (25). Foto: Reprodução
O advogado Matheus Mayer Milanez, defensor do general Augusto Heleno, durante julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça (25). Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Brasília, 25 de março de 2025 – O advogado Matheus Mayer Milanez, responsável pela defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 25 de março de 2025, contestou as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O defensor argumentou que seu cliente não teve envolvimento nas manifestações criminosas, culpando, na verdade, o ex-presidente Jair Bolsonaro pela situação.

Milanez mencionou uma live transmitida por Bolsonaro em 2021, destacando que Heleno não fez qualquer manifestação relevante durante a transmissão. “Ele ficou sentado, não falou uma palavra, não fez um gesto, não fez absolutamente nada”, afirmou o advogado. Segundo ele, o ex-presidente foi o único a se manifestar, utilizando-se da live para fazer ataques às urnas eletrônicas e espalhar informações já refutadas por órgãos oficiais.

Provas apontadas pela acusação

O advogado ainda criticou outra suposta evidência apresentada pela PGR, uma “anotação em agenda”, e questionou como este documento poderia ser relevante para incriminar o general. Milanez comparou a tentativa de construção do caso contra Heleno a um “terraplanismo argumentativo”, sugerindo que as provas seriam fabricadas para justificar uma conclusão que, para ele, não se sustenta.

Posse de Lula e papel do GSI

A defesa também usou como argumento a atuação de Augusto Heleno durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, coordenada pelo GSI. O advogado de Heleno destacou que a cerimônia ocorreu de maneira segura, sem incidentes, reforçando a ideia de que o general não tinha qualquer intenção de apoiar ações golpistas. “A posse de Lula foi coordenada pelo GSI, e o presidente está aí, em segurança”, ressaltou Milanez.


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Críticas à Procuradoria

Milanez aproveitou para criticar a atuação da Procuradoria-Geral da República. Para ele, os elementos apresentados na denúncia não são suficientes para comprovar qualquer envolvimento do general na trama golpista. “Se está querendo colocar Augusto Heleno na organização criminosa, precisamos ver o que há de provas concretas”, concluiu o advogado.


Entenda o caso:

  • Defesa de Heleno: O advogado de Augusto Heleno nega envolvimento do general na trama golpista, acusando Bolsonaro.
  • Live de Bolsonaro: A live de 2021 foi usada para atacar as urnas eletrônicas e é uma das principais provas da PGR.
  • Anotação em agenda: A defesa questiona a relevância de uma anotação apresentada pela acusação.
  • Posse de Lula: A defesa destaca a organização da posse de Lula como evidência da colaboração de Heleno com a segurança institucional.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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