Brasília – O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), descartou neste sábado (1º) a possibilidade de pautar um projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista à GloboNews, ele afirmou que a discussão não contribuiria para a pacificação do país e que sua gestão priorizará temas sociais e econômicos.
“Temos que nos dedicar à agenda de pacificação do Brasil. Esse assunto não vai pacificar o Brasil. A agenda do brasileiro é trabalharmos para reduzir a pobreza”, afirmou Alcolumbre durante a entrevista.
Senado não priorizará temas polêmicos
O senador destacou que pretende liderar o Senado com equilíbrio e coragem para rejeitar pautas que dividem o país. Segundo ele, assuntos que geram discórdia não serão prioridade na Casa.
“Espero ser um presidente altivo, equilibrado, mas, ao mesmo tempo, ter a coragem de apontar quando pautas não são prioridade do Brasil nem do Parlamento”, afirmou.
Possibilidade de debate permanece
Apesar de se opor à anistia, Alcolumbre ressaltou que não impedirá o debate sobre o tema. No entanto, ele reforçou a necessidade de focar em assuntos que promovam estabilidade e crescimento.
“Se continuarmos trazendo à tona assuntos que causam discórdia, em vez de concórdia, vamos passar nos corredores do Senado e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros”, alertou.
Anistia divide opiniões no Congresso
A possibilidade de perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro gera debate entre parlamentares. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro defendem a medida, enquanto a base do governo e o presidente Lula se posicionam contra qualquer tipo de anistia.
Entenda o caso: anistia para os golpistas do 8 de janeiro
- O que aconteceu? No dia 8 de janeiro de 2023, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
- Quem defende a anistia? Parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
- Quem é contra? O governo Lula e parte do Congresso rejeitam qualquer perdão.
- Qual a posição de Alcolumbre? O senador descartou pautar a anistia e defendeu o foco em temas sociais.
