Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) a substituição da prisão preventiva da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, por prisão domiciliar.
Ela havia sido detida por pichar com batom a estátua “A Justiça”, localizada em frente ao STF, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O ministro impôs condições para a mudança da medida. Débora deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibida de acessar redes sociais e de se comunicar com outros envolvidos nos protestos. Além disso, não poderá conceder entrevistas sem autorização do STF.
Medidas restritivas
A decisão também estabelece restrição de visitas. Apenas seus advogados, pais e irmãos poderão encontrá-la sem necessidade de autorização judicial. Qualquer outra visita precisará ser previamente aprovada pela Corte Suprema.
O envolvimento nos atos de 8 de janeiro
Débora Rodrigues participou das manifestações em Brasília, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Em um dos momentos, ela utilizou um batom vermelho para escrever “perdeu, mané” na escultura “A Justiça”, obra da artista Alfredo Ceschiatti, avaliada entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões.
Após ser presa, a cabeleireira enviou uma carta de próprio punho a Alexandre de Moraes, pedindo desculpas. No documento, afirmou não saber o valor da estátua e declarou que aceitou escrever na obra a pedido de outra pessoa, porque “sua letra seria feia”.
Situação familiar e perfil pessoal
Débora é casada com o pintor Nilton Cesar dos Santos, que tem cuidado dos filhos durante sua prisão. Segundo familiares, ela é frequentadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia e é descrita como “mulher cristã, justa e honesta”.
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Entenda o caso da pichação na estátua do STF
- Quem é Débora Rodrigues? Cabeleireira de 39 anos, participou dos atos de 8 de janeiro e foi presa por pichar a estátua “A Justiça”.
- O que aconteceu no 8 de janeiro? Protestos antidemocráticos em Brasília resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes.
- Por que Moraes concedeu prisão domiciliar? A medida foi substituída por restrições como tornozeleira eletrônica e proibição de redes sociais.
- O que diz a defesa? Débora pediu desculpas e afirmou que não sabia o valor da estátua.