Alexandre de Moraes nega pedido da defesa de Braga Netto e mantém sigilo da delação de Mauro Cid

Ministro do STF nega acesso à defesa de Braga Netto

Redacao
Por Redacao
3 Min Read

Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do general Braga Netto para acessar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A decisão mantém o sigilo sobre o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

A defesa de Braga Netto, preso desde 14 de dezembro de 2024, critica a decisão. O advogado José Luis Oliveira Lima questiona como poderão se defender sem acesso às informações que embasaram a prisão de seu cliente.

Justificativa do ministro

Alexandre de Moraes justifica a manutenção do sigilo devido à existência de diligências em andamento. O ministro argumenta que o acesso aos depoimentos poderia comprometer as investigações em curso.

Contudo, a defesa alega que o direito de defesa está sendo cerceado. Enfim, o advogado afirma que recorrerá da decisão.

Contexto da investigação

Braga Netto é investigado por suposta participação em uma trama golpista após as eleições de 202215. A Polícia Federal o acusa de tentar obstruir as investigações ao buscar informações sobre a delação de Mauro Cid.

Portanto, o general permanece detido na Vila Militar, no Rio de Janeiro, sem acesso ao conteúdo que fundamentou sua prisão.

Delação de Mauro Cid

O depoimento de Mauro Cid é considerado peça-chave nas investigações sobre a tentativa de golpe. Exemplo disso são as informações que levaram à prisão de Braga Netto e outros militares15.

Críticas da defesa

O advogado José Luis Oliveira Lima questiona:”O nosso cliente é preso com base em uma colaboração viciada e a defesa não tem acesso a ela? Como podemos nos insurgir contra ela?”

A defesa alega que o STF já decidiu ser direito do investigado ter acesso à íntegra de delações homologadas.

Entenda o caso: Sigilo na delação de Mauro Cid

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, firmou acordo de delação premiada
  • A delação aborda supostos planos golpistas após as eleições de 2022
  • Alexandre de Moraes homologou o acordo e mantém o sigilo das informações
  • Braga Netto foi preso com base em informações da delação
  • A defesa do general pede acesso ao conteúdo para elaborar sua defesa
  • O ministro nega o acesso, alegando risco às investigações em andamento
Compartilhe esta notícia