Após cabeleireira, Bolsonaristas usam manicure como novo símbolo para projeto por anistia para golpistas

Aliados de Bolsonaro usam caso de Eliene Amorim para pressionar pelo projeto de lei que beneficia presos pelo 8 de janeiro
31 de março de 2025
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A manicure Eliene Amorim de Jesus foi presa por envolvimento no ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Foto: Reprodução
A manicure Eliene Amorim de Jesus foi presa por envolvimento no ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. Foto: Reprodução

Brasília – Bolsonaristas escolheram um novo nome para simbolizar a campanha em defesa da anistia aos envolvidos no ataque de 8 de janeiro de 2023. A manicure Eliene Amorim de Jesus, presa por participação nos atos golpistas em Brasília, se tornou a principal referência da mobilização liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

A decisão de destacar Eliene ocorre após a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos receber o direito de aguardar julgamento em prisão domiciliar. A medida foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que considerou excessiva a pena aplicada.

Bolsonaro defende liberdade para Eliene

No domingo (30), Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a prisão de Eliene. Em publicação no X (antigo Twitter), afirmou que ela é “manicure, missionária da Assembleia de Deus e estudante de psicologia” e que foi detida “por acompanhar os acampamentos como pesquisadora”. O ex-presidente garantiu que todas as imagens mostram Eliene “com papel e caneta na mão”.

Ele ainda reforçou a narrativa de que os presos pelo 8 de janeiro são vítimas de perseguição política. “Por isso, não podemos recuar. Temos que seguir exigindo liberdade e anistia para todos os presos políticos do 8 de janeiro”, declarou.

Acusações contra Eliene

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eliene pelos crimes de:

  • Golpe de Estado;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Deterioração de patrimônio tombado;
  • Dano qualificado com violência e grave ameaça.

De acordo com a PGR, ela viajou do Maranhão para Brasília e participou ativamente dos atos golpistas. O órgão destaca imagens e mensagens que demonstram seu envolvimento, incluindo fotos dentro do Palácio do Planalto e publicações com frases de incentivo ao movimento.

Além disso, investigações apontam ligação entre Eliene e Antônio Freire Gomes, conhecido como Antônio Patriota, que teria organizado o transporte de manifestantes até Brasília.


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Repercussão entre bolsonaristas

Mesmo com as provas apresentadas, aliados de Bolsonaro continuam pedindo a liberação da manicure. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro questionou a prisão e afirmou: “Qual ameaça essa moça representa?”.

Entenda o caso: campanha bolsonarista pela anistia

  • Bolsonaristas pedem anistia para presos pelo 8 de janeiro de 2023;
  • Eliene Amorim se tornou o novo símbolo da campanha;
  • Bolsonaro e aliados alegam perseguição política;
  • STF e PGR apontam provas de participação nos atos golpistas;
  • Discussão sobre anistia segue no Congresso Nacional.

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