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Golpe de Estado

Áudios revelam bastidores de plano golpista e conexão com 8 de janeiro

Novas gravações expõem envolvimento de militares e aliados de Bolsonaro em tentativa de golpe

Brasília – O programa Fantástico divulgou neste domingo (23) áudios inéditos que revelam detalhes de uma articulação para um golpe de Estado no Brasil. As gravações foram extraídas de celulares e computadores apreendidos pela Polícia Federal e mostram conversas entre militares e civis ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

As provas indicam uma conexão direta entre a cúpula golpista, os acampamentos pró-intervenção militar e os atos de vandalismo em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 34 pessoas, incluindo Bolsonaro e 24 militares.

Áudios revelam estratégia golpista

As investigações apontam que oficiais das Forças Armadas mantinham contato com manifestantes contrários ao resultado das eleições e buscavam apoio para desestabilizar o governo. Em um dos áudios, o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, então no Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército, sugere que os militares precisariam “sair das quatro linhas” da Constituição para reverter a situação.

A estratégia do grupo envolvia prolongar protestos, contestar as urnas eletrônicas e criar um ambiente favorável à intervenção militar. Quando não tinham autoridade para atender às demandas dos manifestantes, os militares acionavam aliados no governo para que os pedidos chegassem até Bolsonaro.


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Volume de provas e impacto na investigação

A Polícia Federal apreendeu 1,2 mil equipamentos eletrônicos e extraiu 255 milhões de mensagens, incluindo áudios e vídeos. A análise pericial gerou 1.214 laudos, que reforçam as evidências da trama golpista. Os documentos mostram que aliados do governo Bolsonaro pressionaram comandantes militares para aderirem ao movimento.

Defesa e reções

O general Mario Fernandes, um dos citados na investigação, declarou por meio de seus advogados que ainda não teve acesso completo ao material e que a denúncia se baseia em trechos “desconexos”. A defesa do tenente-coronel Mauro Cid optou por não comentar o caso.

A senadora Damares Alves, ex-ministra do governo Bolsonaro, foi mencionada na investigação por supostamente ter repassado o contato de uma assessora para verificar possíveis fraudes nas urnas. Em resposta, afirmou não se lembrar do episódio.

As apurações seguem e podem resultar em novas denúncias contra militares e ex-integrantes do governo.

Entenda o caso: tentativa de golpe no Brasil

  • Áudios revelam conversas de militares e civis articulando a ruptura institucional.
  • Contato direto entre militares e manifestantes contrários às eleições.
  • Apreensão de materiais resultou na extração de milhões de mensagens.
  • PGR denunciou 34 pessoas, incluindo Bolsonaro e 24 militares.
  • Defesas alegam falta de acesso total às provas e negam envolvimento.
  • Investigações seguem, podendo levar a novas denúncias.

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