Brasília – As bancadas ruralista e do mercado no Congresso Nacional manifestaram descontentamento com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à regulamentação da reforma tributária. Os parlamentares preveem uma ofensiva contra o governo, especialmente em relação à exclusão de trechos que impediam cobranças sobre os fundos de investimento imobiliários e do agronegócio (Fiagro).De acordo com a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, os líderes das bancadas pretendem utilizar informações falsas sobre o Pix para atacar o governo, alegando que o Executivo busca aumentar a arrecadação por meio de novas taxações.
Estratégia das Bancadas
Os líderes das bancadas planejam votar a reinclusão dos trechos vetados na próxima sessão do Congresso. Eles aguardam a eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal antes de discutir a reforma tributária, que deve ocorrer após a aprovação do Orçamento de 2025.O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), representa a bancada ruralista. Essa frente conta com 302 deputados federais e 50 senadores, correspondendo a cerca de 58% e 61% dos assentos nas casas legislativas, respectivamente.
Preocupações com Taxação
A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), que possui 207 deputados (40%) e 46 senadores (56%), expressou preocupação com a possibilidade de taxação dos fundos de investimento em cadeias agroindustriais e imobiliários.A expectativa no Congresso é que o Palácio do Planalto inicie negociações com o Legislativo para evitar novos desgastes políticos.
Entenda o Caso: Veto à Reforma Tributária
- Qual foi o veto?
O presidente Lula vetou trechos da reforma tributária que impediam cobranças sobre fundos imobiliários e Fiagro. - Como as bancadas reagem?
Parlamentares planejam uma ofensiva contra o governo, utilizando fake news sobre taxações. - Quais são as composições das bancadas?
A FPA tem 302 deputados e 50 senadores; a FPE conta com 207 deputados e 46 senadores.
