Bolsonarista General Girão é condenado por incentivar atos antidemocráticos

11 de janeiro de 2025
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O deputado federal Eliéser Girão, condenado por danos morais coletivos ao fomentar atos antidemocráticos após as eleições de 2022 – Foto: Reprodução
O deputado federal Eliéser Girão, condenado por danos morais coletivos ao fomentar atos antidemocráticos após as eleições de 2022 – Foto: Reprodução

Brasília – 11 de janeiro de 2025 – A Justiça Federal condenou o deputado federal General Girão e a União por incentivar atos antidemocráticos após as eleições de 2022. A sentença, resultado de ação do Ministério Público Federal (MPF), exige o pagamento de R$ 5 milhões em danos morais coletivos e ações para reforçar a proteção ao Estado Democrático de Direito.

Segundo a decisão, General Girão deverá pagar R$ 2 milhões por estimular manifestações contrárias à democracia. A União, por sua vez, foi responsabilizada por omissão e ações de comandantes das Forças Armadas, que divulgaram nota favorecendo atos antidemocráticos.

Condenação inclui ações educativas e pedido público de desculpas

A Justiça determinou que a União organize, em até 60 dias, um evento público para pedir desculpas, com ampla divulgação em rádio, televisão e internet. Além disso, as Forças Armadas deverão promover cursos de formação para reforçar o compromisso com a democracia e revisar os atos ocorridos em 2022.

General Girão, por sua vez, foi condenado a apagar publicações em redes sociais, como Instagram, Facebook e X (antigo Twitter), que incitaram a população contra o regime democrático. Ele tem dez dias para cumprir a decisão.

Atuação de Girão nas redes sociais

O MPF apontou que General Girão usou suas redes para divulgar notícias falsas sobre o resultado das eleições. Postagens feitas por ele, um mês antes da invasão aos prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, incitaram a violência e a ruptura democrática.

Os procuradores destacaram que a postura de Girão “confundiu e incentivou a população, além de buscar apoio das Forças Armadas para um golpe de Estado”. A ação reforça o nexo entre suas condutas e os danos causados ao processo democrático.

União e Forças Armadas na sentença

De acordo com a decisão, os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, à época, contribuíram para normalizar acampamentos antidemocráticos com uma nota pública. O texto afirmava que a liberdade de expressão poderia justificar atos de insurreição.

A Justiça afirmou que esses atos demonstraram politização inconstitucional das Forças Armadas. “A nota incentivou a narrativa de fraude nas eleições e a busca por intervenção militar, quebrando a ordem democrática”, explicaram os procuradores responsáveis pela ação.

Danos morais coletivos e responsabilidades

Além de General Girão e da União, o estado do Rio Grande do Norte e o município de Natal foram condenados por omissão na proteção à democracia. Todos deverão pagar R$ 1 milhão em indenizações devido à manutenção de acampamentos antidemocráticos em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizado, na capital potiguar.

Entenda o caso: atos antidemocráticos e suas consequências

  • Quem foi condenado: General Girão, a União, o estado do Rio Grande do Norte e o município de Natal.
  • Motivo: Incentivo e omissão em atos antidemocráticos após as eleições de 2022.
  • Multa aplicada: R$ 5 milhões em danos morais coletivos.
  • Ações determinadas:
    • União deve realizar pedido público de desculpas e cursos educativos.
    • General Girão deve apagar postagens e pagar indenização.
    • Cursos para militares com foco no respeito à democracia.
  • Contexto: Atos antidemocráticos culminaram na invasão do STF, Congresso e Palácio do Planalto em janeiro de 2023.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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