A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), aliada do ex-presidente bolsonaro/" title="Mais notícias sobre jair bolsonaro">Jair Bolsonaro, se tornou alvo de uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) após chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “corrupto de nove dedos” durante a entrega de uma viatura à Polícia Civil em Criciúma (SC).
O pedido foi protocolado pelos deputados petistas Pedro Uczai (PT-SC) e Ana Paula Lima (PT-SC), que pedem investigação por supostas infrações criminais, administrativas, eleitorais e disciplinares.
Durante o evento, Zanatta declarou esperar que a viatura fosse usada “para prender o maior corrupto do Brasil, o nove dedos”. Para os parlamentares, a fala extrapola os limites da liberdade de expressão e configura calúnia, injúria e difamação contra o chefe do Executivo.
Na representação, os deputados sustentam que a parlamentar não apenas fez uma acusação genérica, mas atribuiu diretamente a Lula o crime de corrupção. Eles também ressaltam que a imunidade parlamentar prevista no artigo 53 da Constituição não é absoluta.
Defesa de Zanatta
Em resposta, Júlia Zanatta classificou a iniciativa como perseguição política. “Não é autopromoção, é prestação de contas”, afirmou ao jornal Gazeta do Povo. A deputada disse ainda que a entrega da viatura foi fruto de emenda parlamentar voltada ao reforço da segurança pública de Santa Catarina e que esse tipo de ação é rotina em seu mandato.
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Histórico de controvérsias
Não é a primeira vez que Zanatta protagoniza polêmicas envolvendo o PT. Em agosto, ela foi alvo de críticas ao levar a filha bebê para a ocupação do plenário da Câmara durante protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).
Na ocasião, justificou a presença da criança alegando necessidade de amamentação. O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, chegou a acionar o Conselho Tutelar, acusando-a de violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).



