São Paulo – A bolsonarista Maria Cristina de Lurdes Rocha, de 77 anos, foi detida nesta quarta-feira (18) após chamar um policial federal negro de “macaco” em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A idosa provocou ao levar uma coroa de flores ao local e exibir adesivos ofensivos no veículo.
Durante a abordagem, ela resistiu às ordens da Polícia Federal e justificou o ato como um protesto contra o governo. Segundo relatos, a mulher afirmou que agia em nome da direita e mencionou conexões pessoais com figuras militares e políticas.
Insultos e resistência na abordagem
Maria Cristina chegou ao local em um Toyota Corolla com adesivos atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes. Durante a abordagem, ela se recusou a retirar a coroa de flores e proferiu insultos racistas ao agente que fazia a segurança do local.
“Escuta aqui, eu não vou fugir, seu macaco”, declarou a mulher. Após a ofensa, ela foi conduzida à Superintendência da Polícia Federal, enquanto o veículo permaneceu sob investigação.
Justificativas polêmicas geram repercussão
Após a prisão, a idosa negou ser racista e afirmou à imprensa que a filha já havia namorado um homem negro. Essa declaração gerou revolta e críticas nas redes sociais.
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Ela também alegou que seu pai era general de divisão e afirmou não ter filiação partidária. Além disso, mencionou protestar em solidariedade a uma amiga que teria sido detida após os atos de 8 de janeiro.
Coroa de flores e provocação
A coroa de flores retirada pela idosa foi interpretada como uma referência provocativa ao estado de saúde do presidente Lula, que passou recentemente por cirurgias. Segundo testemunhas, o objeto estava no porta-malas do carro.
Possíveis penalidades
A Polícia Federal informou que Maria Cristina responderá por injúria racial e outras infrações. Caso condenada, poderá cumprir pena em regime fechado.
Entenda o caso: Racismo e provocação na casa de Lula
- O que aconteceu: Idosa levou coroa de flores e insultou policial negro.
- Contexto: Protesto contra o governo em frente à casa do presidente Lula.
- Ofensa: Chamou agente de “macaco” durante abordagem policial.
- Investigações: Polícia Federal apreendeu o veículo e registrou o caso.
- Possíveis consequências: Responderá por injúria racial e pode enfrentar pena de prisão.