Brasília – O julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) réu por tentativa de golpe de Estado gerou confusão na entrada do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25).
Parlamentares aliados e advogados dos acusados reclamaram ao serem impedidos de acompanhar a sessão da Primeira Turma da Corte.
Deputados do PL e apoiadores do ex-presidente chegaram em grupo ao STF, liderados pelo deputado tenente Zucco (PL-RS), mas foram barrados por falta de credenciamento. Do lado de fora, houve protestos e gritos durante a sessão.
Parlamentares reagem após restrição de entrada
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) classificou a situação como “pouca vergonha” e afirmou que os parlamentares deveriam ser recebidos com “espírito democrático”. Já Carlos Jordy (PL-RJ) criticou a segurança do STF e disse que a sessão deveria ocorrer no plenário, e não na Primeira Turma. “Veio comitiva para fazer um teatro, mas nós não conseguimos entrar”, reclamou.
Os parlamentares receberam a opção de assistir ao julgamento pelo quarto andar do prédio, onde telas transmitiam a sessão. No entanto, Jordy rejeitou a alternativa: “Lá tem uma tela só, um galinheiro. Melhor assistir do gabinete”.
Gritos de protesto marcam sessão
Durante a fala do ministro Alexandre de Moraes, gritos foram ouvidos do lado de fora. Entre os presentes estava o advogado Sebastião Coelho, que defende Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro e também investigado. Coelho protestou ao ser impedido de entrar, chamando a segurança de “arbitrária”.
O STF justificou que a sessão tinha acesso restrito e que apenas advogados de acusados do “núcleo central” do caso estavam autorizados a ingressar. Mesmo assim, alguns parlamentares conseguiram acompanhar a sessão de outras dependências do STF.
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Entenda o julgamento de Bolsonaro no STF
- A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro e aliados de tentativa de golpe de Estado.
- A Primeira Turma do STF analisa se aceita a denúncia e torna os envolvidos réus.
- O julgamento ocorre em três sessões, com previsão de retomada na quarta-feira (26).
- Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e outros investigados responderão a ação penal.