Sem Direito

Bolsonaro acusa STF e Lula de facilitar atentado

Ex-presidente menciona retirada de veículos blindados em comício

Jair Bolsonaro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Jair Bolsonaro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Caxias do Sul – Nesta quinta-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um comício em Caxias do Sul (RS), onde fez declarações polêmicas, insinuando que o presidente Lula (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) estariam facilitando um possível atentado contra ele ao retirarem dois veículos blindados de sua disposição.

Resumo da Notícia

  • Bolsonaro acusa Lula e STF de facilitar atentado.
  • Ex-presidente menciona retirada de veículos blindados.
  • Declarações feitas durante comício em Caxias do Sul.
  • Secom nega benefícios extras a ex-presidentes.

Declarações de Bolsonaro

Durante o evento, Bolsonaro afirmou: “No meu caso, quando voltei para o Brasil, pela presidência [da República], tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou os dois carros blindados.” Ele comparou sua situação com o atentado contra Donald Trump nos Estados Unidos, alegando que há uma intenção de facilitar sua execução. “Eles não querem mais me prender, querem que eu seja executado. Não posso pensar outra coisa”, declarou Bolsonaro.


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Contexto e Reações

Bolsonaro também mencionou a retirada de quatro assessores de sua segurança devido a medidas cautelares. Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), Bolsonaro continua utilizando as nomeações de servidores a que tem direito e os dois carros, embora não sejam blindados. A Secom afirmou que as medidas cautelares são responsabilidade do Judiciário e que “Bolsonaro não tem nenhum direito extra àqueles previstos na legislação”.

O ex-presidente mencionou que até seu filho Carlos teve o porte de arma negado pela PF. “Meu filho, o ’02’, ao tentar renovar seu porte de arma, foi negado pela PF”, disse ele. A fala de Bolsonaro foi publicada no Twitter por Fábio Wajngarten, ex-Secom do governo Bolsonaro.

Assessores Envolvidos

Os assessores mencionados por Bolsonaro – Sérgio Cordeiro, Max Guilherme, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti – foram alvos de medidas cautelares do STF em investigações sobre fraude em cartão de vacinação, tentativa de golpe e joias. Três deles foram soltos, mas os investigados não podem se comunicar entre si, incluindo Bolsonaro.

A Secom esclareceu: “As regras para ex-presidentes são as previstas na Legislação (Lei nº. 7.474/1986) e são as mesmas para todos os ex-presidentes: nenhum deles têm veículo blindado à disposição. Sobre as medidas cautelares, cabem resposta do Poder Judiciário. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem livre direito para apontar qualquer nome para sua segurança, conforme previsto na lei. O ex-presidente Jair Bolsonaro não tem nenhum direito extra àqueles previstos na legislação”.

Queixas Reiteradas

Desde que as investigações avançaram, Bolsonaro tem acusado a PF de perseguição e relembrou a tentativa de assassinato por Adélio Bispo, cuja investigação concluiu que ele agiu sozinho. A queixa sobre os carros blindados não é nova; Bolsonaro já havia reclamado disso em entrevistas anteriores, alegando que foi alvo de ataque e que a regra deveria ser alterada.

Perguntas Frequentes

Bolsonaro tem direito a veículos blindados?

Não, a legislação (Lei nº. 7.474/1986) não prevê veículos blindados para ex-presidentes.

Por que os assessores de Bolsonaro foram afastados?

Eles foram alvos de medidas cautelares do STF em investigações sobre fraude em cartão de vacinação, tentativa de golpe e joias.

A PF está perseguindo Bolsonaro?

Bolsonaro alega perseguição, mas as investigações seguem conforme determina o Judiciário.

Quais são os direitos de ex-presidentes segundo a legislação?

Ex-presidentes têm direito a segurança, assessores e veículos, mas não a blindagem especial.