Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quinta-feira, 21, sobre seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), e declarou que o embate jurídico começa na Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente também disse que aguardará orientações de seus advogados antes de comentar o conteúdo do relatório, que ainda está sob sigilo.
PF aponta crimes e entrega relatório ao STF
Indiciados
O relatório final da PF inclui, além de Bolsonaro, nomes como:
- Walter Braga Netto, ex-ministro e general.
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.
- Outros 33 aliados do ex-presidente.
O que acontece agora?
O material foi entregue ao STF e está sob análise do ministro Alexandre de Moraes. Ele decidirá sobre o envio à PGR, que determinará se apresentará denúncias contra os indiciados. Caso o STF aceite as denúncias, os investigados se tornarão réus.
Acusações e contexto do inquérito
Crimes investigados
A PF apontou três crimes no indiciamento:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – Pena de 4 a 8 anos.
- Golpe de Estado – Pena de 4 a 12 anos.
- Organização criminosa – Pena de 3 a 8 anos.
Contexto
O inquérito investiga um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), derrotando o processo eleitoral legítimo de 2022. A investigação inclui atos que ocorreram até depois da posse de Lula.
Entenda, saiba mais e tire suas dúvidas
Por que Bolsonaro foi indiciado?
A PF aponta que ele participou de articulações para um golpe, envolvendo militares e aliados.
Quem mais foi indiciado?
Entre os 37 indiciados estão Walter Braga Netto, Mauro Cid e Alexandre Ramagem.
O que acontece agora?
O STF avaliará o relatório e poderá encaminhá-lo à PGR, que decidirá se apresenta denúncias.
Qual é o papel de Alexandre de Moraes?
O ministro é relator do caso no STF e decide os próximos passos do processo, incluindo análise de denúncias.