Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta terça-feira (18) sua intenção de concorrer às eleições de 2026, apesar da inelegibilidade imposta pela Justiça Eleitoral. Durante conversa com jornalistas no Senado Federal, ele atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu a aprovação de um projeto que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Declaração polêmica e ataque a Lula
Bolsonaro afirmou que pesquisas indicam vantagem sobre Lula e criticou sua gestão. “Querem negar a democracia e me impedir de disputar a eleição. Estão com medo de quê? A pesquisa hoje já me dá 5 pontos à frente do nove dedos. Dá, inclusive, a Dona Michelle à frente dele. Está derretendo, é um incompetente”, declarou.
A referência foi a um levantamento do Paraná Pesquisas, que indicou vantagem de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre Lula em um possível segundo turno em 2026. Contudo, a pesquisa gerou questionamentos nas redes sociais.
Defesa da anistia aos golpistas
O ex-presidente destacou que tem apoio no Congresso Nacional para aprovar o projeto de anistia aos presos pelo 8 de janeiro. Segundo ele, não fez pedidos diretos a parlamentares, mas sente que a maioria é favorável. “Hoje, o que eu sinto conversando com parlamentares, como do PSD, é que a maioria votaria favorável. Acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia”, afirmou.
Bolsonaro também mencionou uma conversa com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a proposta. Para ele, a mudança na Lei da Ficha Limpa deve ocorrer paralelamente à anistia e não pode beneficiar apenas a esquerda. “Querem perseguir a direita”, disse.
Fake news e ataques adicionais
O ex-presidente voltou a propagar informações falsas sobre Lula. Ele questionou sua inelegibilidade e comparou sua condenação ao suposto envolvimento do petista com traficantes no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. “Por que eu estou inelegível pela Justiça Eleitoral? Por ter me reunido com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como Lula fez lá atrás”, afirmou.