Brasília – O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Ministério Público Federal (MPF) por declarações ofensivas contra mulheres filiadas ao PT. Durante um evento em Angra dos Reis (RJ), ele afirmou que “não tem mulher bonita petista” e classificou algumas como “incomíveis”.
A declaração foi registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais por seu filho, Jair Renan Bolsonaro, vereador em Balneário Camboriú (SC). O caso ganhou repercussão porque ocorreu na semana do Dia Internacional da Mulher.
Declarações de Bolsonaro motivam ação
O CNDH, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, considerou as falas uma tentativa de desqualificar mulheres por questões ideológicas. Segundo o Conselho, as afirmações reforçam a “discriminação de gênero e preconceitos partidários”.
Na denúncia enviada ao MPF, a entidade ressaltou que o ex-presidente tem grande influência política e que seus discursos podem incentivar ataques contra mulheres. Para a presidente do CNDH, Charlene Borges, falas como essa representam um retrocesso na luta pelos direitos femininos. “O discurso de ódio disseminado contra as mulheres pelo ex-presidente Bolsonaro não pode ser naturalizado”, afirmou.
Pedido de investigação
O CNDH solicitou a abertura de uma investigação civil contra o ex-presidente, argumentando que suas palavras têm impacto direto no ambiente político e social. O Conselho também pediu providências para evitar que discursos discriminatórios sejam banalizados.
O MPF ainda não se manifestou sobre a denúncia e não há prazo definido para uma decisão sobre o caso.
Entenda o caso Bolsonaro e a denúncia do CNDH
- Declaração polêmica: Bolsonaro afirmou que “não tem mulher bonita petista” e chamou algumas de “incomíveis”.
- Divulgação: O vídeo foi compartilhado por seu filho, Jair Renan Bolsonaro.
- Denúncia: O CNDH enviou um pedido de investigação ao MPF, alegando discriminação de gênero.
- Repercussão: O caso ganhou atenção por ter ocorrido na semana do Dia Internacional da Mulher.
- Próximos passos: O MPF deve analisar se abre um processo contra o ex-presidente.
