Consequências do Golpe

Bolsonaro está apavorado com possível condenação e pena de 28 anos no STF

Ex-presidente avalia estratégias para evitar julgamento na Primeira Turma

Redacao
Redacao - Equipe

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou preocupação com a possibilidade de receber uma punição severa do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundos interlocutores, ministros da Corte estariam dispostos a aplicar uma pena exemplar de até 28 anos de prisão por seu suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.

Em reunião reservada, Bolsonaro teria comentado: “Parece que estão com tudo pronto. Querem me empurrar 28 anos”. A preocupação do ex-mandatário se baseia no relatório da Polícia Federal (PF), que detalha, em 884 páginas, os supostos crimes atribuídos a ele e seus aliados.

Julgamento na Primeira Turma preocupa Bolsonaro

A estratégia de defesa de Bolsonaro envolve tentar evitar que seu julgamento ocorra na Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. O ex-presidente avalia que, nesse colegiado, suas chances de absolvição são reduzidas.

Diante desse cenário, a defesa do ex-presidente pediu, na última segunda-feira (24), o impedimento de Flávio Dino e Cristiano Zanin, argumentando que ambos foram indicados ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No ano passado, os advogados também tentaram afastar Alexandre de Moraes, sem sucesso.

Possível estratégia para mudar o julgamento

Bolsonaro acredita que poderia obter um resultado mais favorável caso o julgamento ocorresse na Segunda Turma do STF, composta por André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Os dois primeiros foram indicados pelo próprio ex-presidente, o que aumentaria suas chances de absolvição.

No entanto, não há previsão de que o caso mude de colegiado. Bolsonaro também tenta levar o julgamento ao plenário do STF, onde os 11 ministros teriam direito a voto, mas especialistas consideram essa possibilidade improvável.

STF rejeita revisão do julgamento

Ministros do STF afirmam que não há precedente para uma revisão desse tipo, pois isso poderia gerar um efeito cascata, abrindo margem para outros condenados questionarem suas sentenças e solicitarem nova análise pelo plenário. Assim, a possibilidade de Bolsonaro conseguir essa mudança é considerada remota.

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